terça-feira, 10 de junho de 2014

Hong Kong recusa casamentos [sic] homossexuais no consulado britânico

O governo de Hong Kong recusou permitir que o casamento [sic] entre pessoas do mesmo sexo no consulado geral britânico, anunciaram hoje as autoridades do Reino Unido, provocando fortes críticas de grupos de direitos de homossexuais.

O departamento de assuntos externos britânico anunciou recentemente que iria permitir que a realização de casamentos [sic] entre pessoas do mesmo sexo nas suas representações diplomáticas em países onde este é ilegal.

No entanto, esta possibilidade estava condicionada à aprovação das autoridades locais.

A recusa de Hong Kong contrasta com o consentimento por parte de países como a China, Rússia, Azerbaijão e Filipinas, muitas vezes criticados pelos parcos direitos concedidos aos homossexuais.

"Antes da legislação do Reino Unido que rege os casamentos [sic] homossexuais ter sido implementada no início deste mês, perguntámos ao Governo de Hong Kong se dava autorização para a realização destas cerimónias aqui", disse um porta-voz do consulado geral britânico em Hong Kong, citado pela AFP, indicando que o Governo da antiga colónia britânica recusou essa possibilidade, algo que gerou já indignação por parte de grupos locais de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT).

Nigel Collett, secretário do grupo de defesa dos direitos dos homossexuais "Rosa Alliance", acusou o Governo de "negar qualquer forma de ampliação de direitos" para os homossexuais na cidade. "Moscovo e Pequim têm tido uma visão mais sensata para algo que não diz respeito aos seus cidadãos", disse à AFP.

O Governo de Hong Kong ainda não comentou a sua decisão.

Os casamentos [sic] entre pessoas do mesmo sexo são ilegais na conservadora sociedade de Hong Kong, onde a homossexualidade só foi descriminalizada em 1991.

Em 2012, um magnata local Cecil Chao ofereceu 65 milhões dólares de Hong Kong (6,5 milhões de euros) como prémio a qualquer homem que conquistasse o coração da sua filha.

Cecil Chao aumentou depois o prémio para 130 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 13 milhões de euros), mas retirou a oferta no início deste ano, a pedido de sua filha Gigi, que o instou a trata-la como um "ser humano normal e digno".

Mais de 20 países onde o casamento [sic] entre pessoas do mesmo sexo é ilegal permitiram que os consulados britânicos realizassem as uniões, entre os quais Austrália, Japão, Chile, Bolívia e Sérvia.

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