quinta-feira, 5 de abril de 2012

Os estudos sobre parentalidade gay e lésbica e o que dizem os fanáticos da causa gay e lésbica

Como os defensores fanáticos da adopção de crianças por casais homossexuais teimam em citar estudos como dando como provado a bondade de tal solução mas acabam nunca mostrando tais estudos, venho aqui reproduzir um post meu de Janeiro de 2010 'Estudos sobre adopção por homossexuais: uma questão de fé progressista' - onde se dá uma boa ideia dos estudos que existem sobre o assunto, compilação dessa década arcaica e longínqua, praticamente da Idade Média, dos anos 2000.

Quem se der ao trabalho de ler os estudos sobre este assunto, verifica que quase todos incidem sobre crianças ou adolescentes que têm tanto a referência feminina da mãe como a referência masculina do pai na sua vida, sendo que vivem com apenas um deles (e, por vezes, com a/o sua/seu companheiro) - de resto, muitos dos estudos são feitos precisamente para sustentar em tribunal que um pai ou uma mãe homossexual não deve pela sua orientação sexual ser privado/a dos seus direitos parentais aquando do divórcio (algo que me parece inteiramente justo) -, que pouquíssimo se sabe sobre crianças e adolescentes que vivem com o pai gay e o seu companheiro, que não há estudos feitos ao longo do tempo sobre casais homossexuais com filhos, e por aí adiante.

Do que se sabe, nada permite concluir que seja seguro (e não me estou a referir a pedofilia) entregar uma criança para adopção a um casal de dois homens - já um casal de duas mulheres dá maior segurança, desde que mostrem ter um projecto de família sustentado e de futuro, isto devido ao risco acrescido de divórcio dos casais homossexuais e sobretudo de lésbicas mostrado pelo estudo medieval da década passada e com amostra nesses países proto-islâmicos que são os escandinavos.

Em suma, do que se sabe nada mostra que crescer numa família só com referências femininas ou só com referências masculinas (o que sucederia no caso da adopção por casais homossexuais) seja equivalente a crescer numa família com pai e mãe.

Até porque, como o lóbi gay tanto nos diz (e bem), a diversidade é boa; e o melhor local para se aprender a diversidade é precisamente a família, que ganha em ser tão diversa quanto possível.

Isto dito, para uma criança o supremo pesadelo é crescer institucionalizada e eu, apesar de considerar esta solução longe da ideal, não ficaria chocada se uma criança que não tem possibilidade de ser adoptada por um casal de pai e mãe o pudesse ser por um casal homossexual (com preferência para um casal de lésbicas).

O problema é que, de facto, não se pode debater ou discutir com cruzados intolerantes que estão interessados sobretudo na promoção política da causa gay e que recusam que alguém seja julgado na sua capacidade parental por algo tão intrínseco a uma pessoa como a orientação sexual mas que julgam os outros como pais por meras opiniões difundidas numa rádio ou num blog só porque discordam dessas opiniões.

E enquanto a questão da adopção por casais homossexuais estiver entregue a esta gente, manda a prudência que não se lhes entregue o futuro das crianças.

Aqui vai:

Talvez na esperança de que o adágio 'uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade' se concretize, nestas discussões sobre casamento e adopção gay (que estão ligados, conforme se verá nos próximos capítulos) é comum ouvir-se falar nessa entidade mítica que são 'os estudos' e que dizem ('os estudos') que é indiferente a uma criança ou adolescente viver com uma mãe e um pai ou com dois pais ou com duas mães.

Assim, já há algum tempo, pedi pistas a um psicólogo e dediquei-me à procura de estudos sobre a parentalidade de pais e mães homossexuais que revelassem esta equivalência. Como desconfiava de início - e como só pode desconfiar qualquer mãe ou pai de uma criança que conviva com pais dos dois sexos e que sabe como se estabelecem relações diferentes consoante o género dos pais e que estas relações diferentes vão além dos papeis diferentes de mãe e pai dentro da família - não há nenhuma evidência de que a adopção por casais homossexuais seja inócua, desde logo porque os ditos estudos sofrem de várias deficiências:

  • 1) as amostras são geralmente muito pequenas;
  • 2) a maioria dos estudos compara situações de mães divorciadas homossexuais (vivendo ou não com outra mulher) com mães divorciadas heterossexuais, havendo, portanto, a figura do pai na vida das crianças/adolescentes; os estudos que comparam crianças e adolescentes com 'duas mães' com crianças e adolescentes com mãe e pai são em menor número;
  • 3) os estudos sobre crianças e adolescentes que vivem com o pai gay são escassos e, em algumas temáticas, inexistentes; relativamente a filhos de pais ou mães bissexuais não se encontram estudos; assim, nos casos de gays e bissexuais só com total ausência de seriedade e sem fundamentação se pode afirmar que é indiferente uma criança ser educada por um casal gay ou por um casal heterossexual;
  • 4) há muito poucos estudos sobre adolescentes e jovens adultos filhos de gays ou lésbicas, e também praticamente não existem estudos que acompanhem os filhos de gays e lésbicas ao longo do tempo;
  • 5) os estudos incidem sobretudo nos filhos biológicos de gays e lésbicas, tanto de relações prévias heterossexuais como (em menor número) por inseminações artificiais em lésbicas; estudos sobre crianças e adolescentes adoptados por casais de gays e lésbicas são raros.

. . .

Um bom documento que resume os estudos de lesbian & gay parenting é este da American Psychological Association (assumidamente pró-agenda LGBT) e onde são visíveis as limitações acima apontadas, sendo algumas assumidas.

Apesar da profissão de fé de que os filhos saem tão bem educados por casais heterossexuais ou por casais homossexuais, há aqui vários indícios (com estes estudos é difícil ter certezas, para um lado ou para outro) que contrariam a tese.

Há estudos que revelam que as mães homossexuais usam menos castigos corporais que os casais heterossexuais e que os seus filhos têm maior contacto com o pai do que nos casos de mães heterossexuais divorciadas.

Há também estudos que concluem que, se a orientação sexual de filhos de homossexuais não se diferencia da de filhos de heterossexuais, os filhos de mães lésbicas são mais propensos a explorar uma relação homossexual.

Que os filhos de mães lésbicas sofrem mais de stress. Que os filhos de gays e lésbicas, perante os seus pares, sentem necessidade de manter segredo sobre a homossexualidade do pai ou mãe (intensificando-se nos casos de pais gay), o que pode contribuir para sentimentos de isolamento.

Há também neste documento omissões curiosas. Por exemplo: é referido que a adaptação das crianças filhas de mães heterossexuais resulta da saúde mental materna, e apresentam-se estudos que concluem que se passa o mesmo com os filhos de mães lésbicas; sendo esta boa saúde mental das mães tão importante para o desenvolvimento dos filhos, a APA não se questiona como pode suprir um casal gay esta ausência de uma mãe (preferencialmente saudável).

E não posso deixar de referir um estudo (The Value of Children to Gay and Heterossexual Fathers) que concluiu pela existência de gays que querem ter filhos sobretudo por razões de estatuto social.

Infelizmente, e pela forma do que se ouve nesta discussão provindo do lóbi gay, não se pode deixar de desconfiar que o objectivo da adopção tem mais a ver com a imposição da aceitação total da homossexualidade do que com o interesse das crianças candidatas a adopção.

Sendo um casamento uma forma de organização familiar que se pretende duradouro, num contexto de adopção é também conveniente averiguar se o casal candidato a adoptar é estável. Ora, segundo se conclui neste The Demographics of Same-Sex "Marriages" in Norway and Sweden, o risco de divórcio é significativamente superior nos casamentos com pessoas do mesmo sexo.

Concluindo: casos em que uma criança ou adolescente vai ter duas mães ou dois pais estão longe do ideal e de forma nenhuma estão testadas e estudadas. Claro que algo longe do ideal pode ser mais risonho do que uma situação que é sempre má - a de uma criança institucionalizada.

No entanto, agora que se inicia a ofensiva para o acesso de casais homossexuais à adopção, convém ter bom senso e prudência e não transformar crianças vulneráveis em peões das engenharias sociais que a nossa esquerda tanto aprecia. Não é indiferente para uma criança ter oportunidade de viver com uma mãe e um pai ou ser adoptada por um casal homossexual.

Se se começar por reconhecer isto - em vez de gritar 'homofobia' sempre que se ouvir reservas à adopção por casais gay e acenar com resultados científicos inexistentes - talvez a discussão seja mais séria, o resultado mais consensual e no melhor interesse das crianças (isto se também for esse o objectivo de quem reivindica 'o direito' à adopção).

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1 comentário:

  1. Há neste texto algumas inverdades. O texto é, apesar de tudo, conciliatório. Vou escrever sobre ele,quando tiver algum tempo livre.

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