quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

“Adopção por homossexuais põe em causa civilização de milénios”

A questão da co-adopção e adopção por homossexuais vai muito para além de saber quem pode ou não cuidar de uma criança, tendo implicações civilizacionais, considera Manuel Braga da Cruz, ex-reitor da Universidade Católica.

O Parlamento aprovou na sexta-feira a realização de um referendo sobre a legalização desta prática. Manuel Braga da Cruz teme que a sociedade fique enfraquecida caso seja aprovada.

A co-adopção remete não apenas para a educação que nós queremos que seja dada a todos os portugueses, mas também para a organização da sociedade”, afirma.

Admitir que uma adopção possa ser feita por um agregado que não integre esta diversidade de papéis no interior da família é particularmente grave não só porque debilita a criança que é educada, como debilita a própria instituição familiar e, por aí, também a família.

Está muito longe de ser apenas uma questão de saber quem pode adoptar uma criança, claro que é isso também, mas remete para questões muito mais vastas e de maior importância. Nos últimos anos temos vindo a assistir a uma deliberada orientação política que visa debilitar a sociedade, em nome do reforço da liberdade individual. Isso enfraquece a cidadania, enfraquece a sociedade civil e torna a sociedade facilmente manipulável por objectivos políticos”, considera Braga da Cruz.

Estamos perante uma questão que altera a ordem civilizacional em que temos vivido ao longo de milénios. Não é coisa pouca, é uma questão muito importante que não pode ser decidida ligeiramente e apressadamente.

Manuel Braga da Cruz considera ainda que a adopção por homossexuais não reflecte a vontade dos portugueses, mas está a ser avançada por “algumas vanguardas” que pretendem “impor modelos à sociedade portuguesa”.

Essas vanguardas visam em primeiro lugar a liberdade do indivíduo, numa perspectiva muito egoísta, e que não têm em devida consideração não apenas os direitos da criança e os direitos educativos da criança, como não têm em consideração aquilo que deve ser uma sociedade civil forte, actuante e adulta numa democracia.

O ex-reitor da Universidade Católica acha que a Igreja Católica deve assumir um papel durante a campanha para o referendo, caso este chegue a avançar: “O papel da Igreja na instituição deve ser de contribuir para o debate cívico, que também é político obviamente, através do esclarecimento daquilo que é a sua doutrina social, que resulta de uma longa e vasta, historicamente falando, sabedoria que amadureceu ao longo dos séculos na sua visão e compreensão do homem”.

A Igreja deve contribuir para este debate, não apenas os bispos mas também os leigos, para que se compreenda todo o alcance do que está em causa e aquilo que deve ser ponderado antes de uma decisão neste domínio”, afirma Braga da Cruz, em declarações à Renascença.

2 comentários:

  1. Dei hoje com este blogue graças a um comentário seu no blogue do O. Braga. Vai já para a lista de recomendações. É preciso mais gente como o sr. para denunciar este atentado que tem destruído gradualmente o nosso mundo. Comecei a ter consciência deste fenómeno através de blogues brasileiros e, como nunca tinha procurado, achei que nem havia disto em Portugal. Termino só com uma recomendação, provavelmente já conhece mas como ainda não vi nenhuma referencia mal não vai fazer, o livro "O Movimento Homossexual" de Julio Severo. Ele mesmo disponibiliza o livro gratuitamente no seu (dele) blogue.

    Cumprimentos e felicidades
    http://blogconsciente.com

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    1. Sê bem vindo ao blogue, Gilberto, e fica à vontade.

      Eu também sou da mesma opinião que você em relação à escassez de vozes portuguesas que militam contra o esquerdismo militante (marxismo cultural) e todos os seus destrutivos braços.

      Oremos que mais se juntem à batalha.

      Cumprimentos e Deus lhe abençoe.

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