sábado, 5 de julho de 2014

Como funciona a propaganda


A forma mais eficaz de propaganda é aquela que é feita sem ser detectada; ela é inócua e apela à nossa humanidade e às nossa emoções. Havendo estudado a propaganda e o seu efeito nas sociedades por mais de 50 anos, posso declarar inequivocamente que o filme Brokeback Mountain é uma das obras de propaganda mais flagrantes dos nossos dias. Numa sociedade que foi propositadamente e eficazmente emburrecida, a comodidade mais rara e valiosa é o discernimento. 

Cada vez mais crucial, o discernimento é um atributo dos homens astutos, e vital, visto que o nosso inimigo usa de subtileza astuta. Como pessoas, perdemos o nosso discernimento. O raciocínio lógico, racional e intelectual é afastado da esfera pública; as impressões, os sentimentos emotivos e a compaixão já não são temperados com a razão inteligente. Hoje em dia a verdade é sacrificada no altar da "tolerância".

O mero acto de falar de um modo racional sobre este filme irá causar reacções automáticas feitas com slogans: "homofóbico", "intolerante", "mente estreita", etc. E Deus vos livre de insinuar que há uma agenda por trás de tão óbvia propaganda visto que isso causará que oiçam as duas palavras criadas com o propósito de terminar todas as discussões ou considerações em torno dos factos: "Teoria da Conspiração".

Iremos lidar com as agendas e com os propósitos por trás do que estamos a ver, mas antes disso, falemos do filme.

Sim, eu vi o filme Brokeback Mountain, mas não, eu não gastei dinheiro. Uma actriz, minha amiga, emprestou-me o seu DVD de "consideração académica" (crime que em muitos casos acarreta uma penalidade mais dura que o assassínio). Antes de mais, ainda estou à espera que alguém diga o quão chato este filme é. O mesmo é tediosamente longo e na maioria dos segmentos, enfadonho. Mas analisemos alguns dos aspectos da sua propaganda.

De facto, a natureza é linda, e a sua grandiosidade é caracterizada com música edificante ao mesmo tempo que paisagens arrebatadoras incutem em nós um sentimento de admiração e esplendor. Claro que é neste cenário que o "romance homossexual" floresce. Mas mais significativo ainda é o facto deste ser o local onde estes homens discutem as grandes questões, a teologia, o sentido da vida, etc.

Contrastem isto com as cenas do casamento. Todas as vezes que o casamento é caracterizado no filme, a filmagem ocorre num sombrio, pequeno e esquálido casebre, com crianças aos berros e tudo num pandemónio absoluto. A casa está uma confusão, e a esposa nunca comunica de forma minimamente significativa. De facto, as esposas são caracterizadas como incómodos constantes, e mais irritantes que compreensivas. Mas as crianças recebem o pior tratamento neste discurso preconceituoso contra a família. Elas estão frequentemente a chorar, às vezes duas ao mesmo tempo, ou a partir coisas; a ideia geral com que ficamos é que estes diabinhos sem alegria são uma intrusão na nossa vida, uma sobrecarga e um peso terrível.

Como forma de garantir que a mensagem fique bem clara, o filme varia constantemente entre estes dois contrastes. Os grandes espaços naturais, selvagens e livres, perto da ambiente, perto de Deus, perto do sexo homossexual tórrido sem qualquer tipo de consequências negativas. De volta para o interior da confusa, pequena e sombria caixa do casamento, com sogros horríveis, esposas chatas, crianças demoníacas, pressão sem fim, e até o sexo sem paixão e sem amor têm sobre si a ameaça de produzir mais descendência parasítica.

Nota especial para a música e para a luminosidade, e para a forma como ambas são cuidadosamente manipuladas para acentuar estes contrastes da forma descrita aqui, causando um impacto ainda maior para a mensagem de propaganda. Ferramentas maravilhosas, música e luminosidade, causam respostas emocionais e penetram as pessoas de forma a afectar os seus valores nucleares.

O uso dos adereços na justaposição das imagens aumenta o poder do veículo de transmissão da mensagem. Há uma cena onde a personagem desempenhada por Heath Ledger se encontra sobrecarregada com a esposa e os filhos, buscando formas de assistir ao fogo de artifício. A cena inicial mostra o marido e a esposa, cada um com uma criança debaixo dum braço e com sacos quadrados enormes cheios de coisas para bebés no outro braço. O enquadramento da cena é idêntico à uma outra que veio antes desta onde se vê um conjunto de mulas de carga cheias de mantimentos com sacos de aparência similar. O casamento transformou esta personagem num burro de carga, uma cena reforçada por todo o filme.

Outro tema comum dos dias actuais é, obviamente, também retratado nos filme: a "tolerância religiosa". Lembrem-se: os homens homossexuais amantes da natureza estão mais perto de Deus, situados nos espaços mais elevados, enquanto que as pessoas que vão às igrejas são caracterizadas como pessoas que pregam "o fogo do inferno e enxofre". O filme mostra também dois assassinatos horríveis, e a ligação não é deixada de parte: é precisamente este tipo de pensamento religioso que contribui para este tipo de violência. A implicação - e isto é a força fulcral da propaganda - é que se de alguma forma tu és contra dois homens "amarem-se", então tu és a favor do seu assassinato violento.

Observaram a forma como estas coisas são subtilmente insinuadas? Isto é como dizer que, se tu não és a favor do aborto, então és a favor de quem mata os médicos que fazem abortos. Este é um dos objectivos da propaganda, nomeadamente, reduzir a análise crítica para o nível de slogans bem comuns, removendo desde logo o debate e causando posteriormente a polarização total dos proponentes e dos detractores para extremos radicais. Claro que isto se enquadra de forma perfeita com o método daqueles que usam da propaganda visto que eles escolheram a dialética Hegeliana para nos dividir e conquistar.

Mencionei previamente a forma como o sexo homossexual é caracterizado como não tendo qualquer tipo de consequência negativa; algumas pessoas podem não concordar com esta minha posição. Eles podem até dizer: mas e as mortes violentas? Como é que podes dizer "sem consequências"? Pensem outra vez no filme: a violência apresentada no filme não é o resultado do sexo, mas sim resultado de pessoas retrógradas, camponeses ignorantes, cuja intolerância religiosa e atitude acusadora matou aqueles lindos mártires. Viram como funciona?

O filme prega bastante sobre o sexo e ficamos com a ideia de que a "necessidade" do homem por ele aparentemente só é suplantada pela sua necessidade de respirar oxigénio. As mentiras ditas sobre o acto de pescar demonstra que o sexo homossexual era até mais importante que a alimentação.

Claro que quando a personagem de Jake Gyllenhaal se vê privada desta necessidade vital, ela não tem outra escolha senão abandonar a sua esposa e os filhos e procurar prostitutos Mexicanos. Quando até isto o deixa incapaz de encontrar suficiente "amor masculino", ele vê-se forçado a baixar o seu padrão e levar a cabo uma relação adúltera com uma mulher por quem ele não sente nada. Claro que tudo isto é justo porque a sociedade maligna impediu o acesso total aos dois homossexuais.

E o que dizer do "amor" - será que este filme é mesmo sobre amor? Havendo falado com muitas mulheres sobre isto, posso dizer que, sim, elas pensam que sim. "Oh, mas é claro que é uma verdadeira história de amor," dizem elas. Uma mulher casada disse-me o seguinte:

Uma vez que é sobre dois homens, a história é muito mais interessante; um homem e uma mulher seria banal.

(...) Quando uma mulher me diz que a história é sobre "amor verdadeiro", eu pergunto-lhe como é que ela sabe disso. Elas não têm muito mais a dizer para além do que o filme apresenta. Quando elas são confrontadas com as estatísticas que revelam que a maioria dos homens homossexuais constituem o segmento  mais promíscuo da população mundial, tendo mais parceiros sexuais anónimos por ano que qualquer outro grupo, estas mulheres calam-se. "Ah, mas eu não estou interessada no sexo homossexual; eu apenas tenho interesse na história de amor," disse-me uma. "Ah, então tu és uma Verdadefóbica," disse eu.

O que se passa aqui é que os factos, as estatísticas e os dados registados em torno do assunto não interessam. De facto, eles podem até ser lembretes de algo que nós preferimos ignorar. A verdade é algo que nós queremos alinhar com o nosso escapismo, e devido a isso a fantasia é mais desejada que a mundana existência da realidade.

A promoção dos homens homossexuais junto das mulheres tem aumentado de forma significativa nos últimos 10 anos. Todas as sitcom têm um homossexual engraçado e, claro, ele é o mais engraçado e o mais capaz de comunicar, sem inibições, com as mulheres. A série Queer Eye For The Straight Guy diz às mulheres que os homens homossexuais são superiores ao antiquados neandertais que elas têm em casa. Quando os cinco homossexuais da série Queer Eye estiveram presentes no programa da Oprah, "as donas de casas tradicionais gritaram e desfaleceram como meninas em idade escolar a saudar estrelas de rock".

Mas a agenda vai mais a fundo que isto; o plano é fazer com que as mulheres se interessem por pornografia homossexual e usar isso como uma isoladora e viciante arma de divisão. O programa Sex In The City mostra as mulheres a rirem-se como meninas enquanto assistem pornografia homossexual. O maior impulso desta onda chega-nos do Japão, tem como alvo as meninas pré-adolescentes, e tem o nome de YAOI.

O Yaoi é uma gigantesca e multi-milionária subcultura que disponibiliza histórias em quadradinhos às jovens raparigas, bem como filmes animados exibindo cenas homoeróticas entre rapazes atraentes, culminado em cenas de pornografia homossexual hardcore. A onda deste tipo de material representa uma geração de raparigas cuja sexualidade mal-direccionada está a ser deformada rumo a anormalidade.

Havendo viajado de modo extenso posso avisá-los de que esta epidemia está galopante através da Europa, Russia, Ásia e está agora a entrar no continente Americano. Os pais não sabem o que as filhas têm escondido nos seus colchões, ou guardado nos seus armários e nos seus computadores. Dezenas de sites dedicam-se à ficção das jovens raparigas em torno das suas fantasias sobre jovens homens da música popular, da TV, dos filmes, etc, envolvidos em "amor" romântico e sexo homossexual.

As raparigas estão rapidamente a ficar obcecadas com Yaoi e descobrem que isso é uma droga de entrada para programas tais como Queer As Folk, bem como para o homossexualismo hardcore. Muitas discutem abertamente a sua confusão em torno do sexo, não querendo um marido ou filhos, ou cheias de angústia devido às suas experiências com o bissexualismo ou o lesbianismo. Claro que elas ficaram todas excitadas com o filme Brokeback.

Ninguém está mais excitado que os críticos que estão literalmente a cair uns sobre os outros tentando superar os outros críticos na bajulação a este filme. É triste mas previsível, visto que para os prémios cinematográficos, o homoerotismo é a sua causa politicamente correcta deste ano, tal como no ano passado foram os negros e tudo o que era negro venceu tudo.

Não importa que se diga que a vencedora de um Óscar Halle Berry tenha um parente negro e outro branco, significando que ela é tão negra como é branca. No admirável mundo novo da sociedade inundada pela propaganda, a verdade já não é preta ou branca; hoje em dia, tudo é cinzento, tudo está turvo. Ou, como se pode ler numa popular música dos Blur:
"Girls who are boys
Who like boys to be girls
Who do boys like they're girls
Who do girls like they're boys
Always should be someone you really love
"
Confuso? Ainda bem. É precisamente isso que eles querem.

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