segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

As ameaças de morte feitas ao Dr Keith Ablow

Kirsten Andersen

O Dr. Keith Ablow tem sido o alvo de ameaças de morte devido à sua posição de que o assim chamado "transgenerismo" é algo sem fundamento científico que coloca crianças vulneráveis em risco devido a procedimentos cirúrgicos desnecessários e uma vida inteira de confusão. Mas o psiquiatra sediado em Massachusetts disse à LifeSiteNews numa entrevista exclusiva que ele continuará a falar a verdade, apesar dos perigos:

Tive que escolher entre dizer o que eu penso e ser empático para com todos, apesar das ameaças e apesar dos apelos provenientes de muitas pessoas exigindo que eu perca as minhas credenciais académicas. É importante continuar a falar deste tópico porque aparentemente, nos EUA existem milhares de crianças que estão a ser preparadas para serem submetidas a cirurgias plásticas extensivas que elas podem ou não precisar delas.

Ablow disse que o que causa a que uma pessoa sinta que está "presa no corpo errado" é uma questão que tem que ser "reaberta" pela comunidade psiquiátrica.

Como psiquiatras, nós não sabemos de onde as crenças fixas e falsas se originam... E se ficarmos a saber que as pessoas que pensam que estão presas no corpo sexual errado podem ser abordadas com algo mais que um bisturi, então nós, como disciplina, seremos responsáveis por não termos sido mais diligentes na busca das respostas em torno de onde isto vem.

No início deste mês, pouco depois da controversa lei da Califórnia permitir que os estudantes das escolas públicas escolham o seu género [sic] - independentemente da biologia -, e de permitir a livre escolha das equipas desportivas na qual se quer competir, para além de dar "liberdade" para escolher o género em qualquer outro tipo de actividade, inclusive as instalações sanitárias que se quer usar, Ablow atraiu atenção nacional com um editorial para a Fox News onde ele chamou a lei de "profundamente destrutiva" para as crianças.

A partir do dia 1 de Janeiro, os estudantes das escolas públicas da Califórnia poderão escolher qual das instalações sanitárias eles querem usar, bem como o balneário feminino ou o masculino que querem usar, tendo como base no que se sente no momento (fémea ou macho), quer se seja anatomicamente macho ou fémea.

Sei que outros psiquiatras podem não concordar, e sei que os activistas lgbt me irão criticar, mas eu acredito que permitir esta "escolha" é psicologicamente profundamente destrutivo, para todos os estudantes, incluindo aqueles que se identificam como transgéneros.

Sei que vou continuar a receber ameaças de morte e apelos para que eu seja despedido da minha posição de ensino por dizer o que disse visto que já suportei ambas.

Eu acredito que as crianças já têm que lidar com o suficiente, à medida que lutam para se sentirem confortáveis com os seus corpos, bem como com a noção da privacidade e as alterações finais em torno da sua puberdade, sem terem que lidar com a noção das suas almas terem nascido no corpo errado. Na
história do mundo não existem evidências suficientes em favor duma alma masculina ou feminina a nascer no género anatómico errado.

A LifeSiteNews entrou em contacto com o Dr. Ablow para lhe perguntar sobre as respostas às suas declarações, bem como para saber do porquê ele achar que foi necessário dar a sua opinião, independentemente das consequências. "A resposta [ao artigo] tem sido tremendamente positiva em várias formas" disse o Dr Ablow à LifeSiteNews, acrescentando que numerosas pessoas "expressaram o seu desalento em torno das implicações da lei."

Mas mesmo assim, disse o Dr Ablow, "uma minoria vocal tem sido extremamente negativa e ameaçadora, o que eu aprendi a esperar sempre que tento falar de questões em torno do comportamento transgénero duma forma que eu considero ser objectiva." Muitas dessas ameaças, disse Ablow, são graficamente violentas, "dizendo o que me fariam e de que forma isso deveria ser feito."

Ele disse à LifeSiteNews que, como psiquiatra, ele acha que tal reacção violenta a qualquer iniciativa que vise questionar a politica da identidade transgénera tem fundamento no medo.

Acho que estamos tão imersos neste assunto que as pessoas são muito avessas a re-examinar as implicações de fazer coisas tais como injectar crianças de 12 anos com doses maciças de hormonas como forma de parar a puberdade. Se viermos a descobrir que este trajecto não era defensível do ponto de vista científico, então isso terá implicações enormes para a medicina, para os pais, que conduziram as crianças para este caminho - e para a psiquiatria, por não ter sido mais vigorosa a exigir evidências científicas de que as pessoas podem nascer nos corpos errados.

Segundo Ablow, as implicações são também perturbadoras "para os próprios transgéneros."

Mal um médico - neste caso, penso eu, um médico equivocado - te diz que todo o teu sofrimento pode ser psicologicamente explicado porque nasceste num corpo que tem o sexo errado, dar essa perspectiva é quase uma questão de vida ou de morte. Logo, o abrigo desta explicação simplista - que estes pensamentos de que te encontras preso ao corpo errado realmente significa que estás no corpo errado - torna-se numa defesa contra questões mais profundas que precisam de mais análise, e as pessoas não querem enveredar por esse nível de auto-examinação.

Questionado se ele sente que está a colocar a sua segurança em risco por falar deste tópico altamente controverso, Ablow respondeu:

Eu levo a sério todas as ameaças à minha vida, e tomo algumas precauções. ... Mas sinto algum conforto em pensar que, estatisticamente, as pessoas que fazem barulho na internet são menos susceptíveis de levar a cabo algum tipo de acção.

Ablow fica preocupado com "as inúmeras crianças americanas a quem está a ser dito que eles devem questionar se o seu género [sic] está para sempre estabelecido, quando na minha opinião está."
Existem muitos psiquiatras bem intencionados, e bem credenciados, que discordam, e eu percebo isso. Mas eu não entendo o porque deles não me entenderem. Dito de outra forma, eles deveriam estar mais abertos a mais diálogo. A noção de que, se tu sugeres isso, algumas pessoas dirão que tu deves morrer, e outras dirão que tu não deverias estar a ensinar numa universidade, e que tu deverias sentir como se tivesses que escolher entre ser ostracizado ou falar o que pensas, é uma tragédia.

A não perder:
1. Psiquiatra afirma: “Transgenerismo" é doença mental" - http://shar.es/1Hc4Ys
2. Psiquiatra: Do ponto de vista científico, não existem "transgéneros" - http://shar.es/1Hc4lF

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