sábado, 28 de fevereiro de 2015

O porquê do homossexualismo deixar os seus practicantes insatisfeitos

Por Joseph Sciambra

Momentos seminais das nossas vidas por vezes ocorrem da maneira mais inexplicável possível e em situações que parecem ser fugazes e insignificantes. Um de tais incidentes ocorreu durante uma visita de rotina bastante triste a uma muito conhecida área de "cruzeiro" do Oeste de Hollywood; no mundo homossexual, existem certos locais que são conhecidos pelos outros homossexuais como sítios bons para se engatar outros homens homossexuais para encontros sexuais rápidos. Normalmente, isto causa a que duplas anónimas caminhem para as mais próximas ruelas sombrias ou para carros estacionados como forma de levar a cabo encontros anónimos.

Numa dessas noites, fiz um cruzeiro através do estacionamento que se encontrava junta a uma livraria adulta, bem na Santa Monica Blvd. Olhando através das sombras pude ver formas disformes de vários homens (as caras e as figuras eram difíceis ou impossíveis de ser ver claramente). Durante algum tempo fiquei na retaguarda, perto do cruzamento e perto do brilho das luzes. Vários homens mais velhos aproximaram-se de mim, mas senti uma satisfação enorme em recusar os seus avanços, os seus elogios e o seu dinheiro. A emoção de poder os rejeitar era um grande elixir.

Foi então que reparei em alguém que pensava conhecer, mas era impossível; menos de um ano antes eu havia conhecido o meu ídolo quando, por uma vez, eu andei lado a lado com um amigo meu que havia entrado no mais ilustre mundo da cena pornográfica homossexual de Los Angeles; quanto a mim, todos os meus empreendimentos em Hollywood haviam resultado em nada, e eu era sempre relegado para uma aparição ocasional num filme-fetiche dentro dum apartamento ou dum quarto de hotel em San Francisco.

Inicialmente, à distância, nessa noite dentro do clube nocturno admirei a fonte da minha admiração - o rei incontestável da pornografia homossexual: Joey Stefano. Mais tarde, nessa noite, tive a chance de falar com ele e finalmente realizar um sonho. No entanto, olhando para trás, esse encontro está longe de ter sido elevador. Embora eu ainda tivesse estrelas nos meus olhos, Joey já tinha visto o quão famoso um rapaz homossexual se poderia tornar e o quão longe uma estrela pornográfica poderia ir, e ele estava insatisfeito. Eu estava confuso.

De volta para estrada; lá estava ele. Mas o que é que Joey Stefano estava a fazer neste estacionamento? Os mais ricos correctores de poder homossexuais no armário pagariam para estar com ele, e como tal, porque é que ele estava lá? De certa forma, eu tinha vergonha de lhe perguntar, e eu não queria abordá-lo, mas tinha que o fazer. Ele não se lembrava de mim; eu não fiquei magoado nem surpreendido.

Embora eu tenha sido sóbrio em toda a linha, a perversidade sem rosto era a minha droga; ele parecia nadar através duma neblina invisível. Para mim, era a emoção da caça e da perseguição; Joey, por outro lado, estava totalmente gasto e acabado para a perseguição.

Mais tarde, pensei nisto; durante esse período da minha vida, eu estava absurdamente obcecado com a Marilyn Monroe, lendo quase todas as biografias rascas sobre ela. Em várias destas biografias foi mencionado que para o final da sua vida, ela tornou-se incrivelmente promiscua envolvendo-se com estranhos - desde os taxistas que andavam com ela dum lado para o outro, até aos homens da construção, que remodelavam a sua nova casa. A mulher mais desejável do mundo poderia ser tua facilmente.

Isto fez-me pensar no Joey visto que no início dos anos 90, ele era a versão homossexual dela. Aos meus olhos, ele tinha tudo: fama, dinheiro, uma legião de fãs adoradores, e um lugar de admiração dentro da comunidade homossexual. Quaisquer que tivessem sido os fantasmas que haviam atormentado a sua infância, eles haviam sido superados.

Ou não?

Dentro da comunidade homossexual, há muitas formas de salvação aparente: aceitação num nível que nenhum rapaz efeminado alguma vez experimentou durante a sua vida repleta de bullying; a liberdade para expressar todos aqueles sentimentos interiores imersos na vergonha que tu passaste anos a tentar negar e suprimir; e os homens que serão os teus pais adoptivos - alguns deixar-te-ão chamar-lhes "paizinho" durante o acto sexual. Mal tu tenhas tudo isto, as coisas ficarão bem, certo?

Só que não.

Tu ainda és tu; as dores duma infância nervosa são as mesmas, e a livre expressão, o companheirismo, e o sexo deixam-te de alguma forma vazio; tu ainda queres mais, embora tu não saibas exactamente o que queres. Então, depois de encontrares o amante, amigo, marido perfeito, tu regressas às mesmas loja de vídeos pornográficos, às mesmas casas de banho públicas, aos mesmos lugares de "cruzeiro", em busca de algo que perdeste. Tu nunca o vais encontrar. Passas a tua vida a perseguir fantasmas, e os mortos só morrem sozinhos.

Cerca de um ano mais tarde, Joey deixou esta existência quando buscava um instantâneo blackout entorpecedor da mente - morrendo aidético com uma overdose num sombrio motel de Hollywood.

- http://goo.gl/eh7IIH

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