domingo, 19 de janeiro de 2014

A homofobia da Coca-Cola

A companhia Coca-Cola encontra-se a defender as suas acções depois de receber críticas por parte dos activistas homossexuais por ter cortado uma cena dum comercial de televisão que foi emitido na Irlanda. A companhia de bebida está actualmente a publicitar o seu produto na Europa correndo um comercial que faz parte da sua mais recente campanha "Reasons to Believe" [Razões para Acreditar].

A dita campanha tem como propósito inspirar o público mostrando que para cada situação negativa na vida há uma experiência positiva. A anúncio comercial inclui uma sequência de experiências negativas, tais como perder um combate ou vandalismo público, contraposto com uma situação positiva, tal como uma mãe a preparar um bolo ou pessoas a dançar ao som de música pública.

A maior parte das versões do novo anúncio, tal como as versões Holandesas, Norueguesas e Britânicas, terminam mostrando uma dupla homossexual a "casar-se". No entanto, a versão Irlandesa termina mostrando uma casal interracial caminhando pelo corredor duma igreja (em vias de casar) sob a frase: "Para cada demonstração de ódio, há 5,000 celebrações de amor."


A decisão de substituir a cena do pseudo-casamento homoerótico com um casal interracial fez com que os activistas homossexuais rapidamente passassem a lançar críticas à companhia através da internet. A Coca-Cola tornou-se num termo em voga na Irlanda à medida que as pessoas de ambos os lados partilhavam a sua opinião em relação à crítica.

Um porta-voz da companhia disse ao TheJournal.ie (jornal Irlandês) que a companhia não incluiu uma imagem da dupla homoerótica na Irlanda porque o "casamento" homossexual ainda não foi legalizado no pais, e cada anúncio publicitário levou em conta as sensibilidades culturais de cada país. Por exemplo, a versão do Reino Unido do comercial mostrou um árbitro com um cartão vermelho num jogo de futebol enquanto que a versão Irlandesa mostrou uma celebração do Dia de São Patrício ["St. Patrick’s Day celebration"].

Falando do incidente, o porta-voz da companhia afirmou:

O objectivo principal é o de que as vinhetas nos anúncios ressoem com as pessoas de cada país e que elas sejam realmente representativas dos tópicos culturais com os quais eles estão acostumados e que eles valorizam. Observarão, por exemplo, que a cena do Dia de São Patrício só está presente na versão Irlandesa da campanha uma vez que, em termos culturais, é só lá que isso é relevante.

Como vocês correctamente dizem, as imagens de casamento usadas no Reino Unido e em outras partes da Europa exibem dois homens a casar [sic]. O motivo pelo qual isto foi alterado na Irlanda é que, embora a união civil seja legal, o casamento [sic] gay ainda não é. Isto será alvo de referendo em 2015. Nós queríamos que cada cena de casamento fosse relevante e válido para cada um dos mercados.


A explicação do porta-voz foi considerada razoável por quase todos, mas muitos activistas homossexuais continuaram a exigir que a cena do "casamento" homossexual fosse recolocada no anúncio, embora o "casamento" homossexual não seja ainda legal na Irlanda. Jerry Buttimer, um político e homossexual assumido, pertencente ao partido "Ireland’s Fine Gael", tem sido uma das pessoas a apelar que a Coca Cola volte a colocar a cena dos dois homens a "casar" na versão Irlandesa da campanha:

Eu proporia que eles reinstalassem essa parte do anúncio. A Coca Cola já fez grandes campanhas no passado, e como tal, eles não deveriam marginalizar ou alienar ou discriminar nenhuma pessoa da ilha.

Alguns activistas homossexuais estenderam as suas críticas à Coca Cola, acusando a companhia de concordar em ser um patrocinador de peso dos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, Rússia. Apesar da companhia Coca Cola ser presença habitual nos eventos olímpicos passados, e estando sempre presente nos maiores eventos desportivos, os activistas homossexuais afirmaram que a companhia deveria boicotar os Jogos na Rússia visto que o país aprovou recentemente legislação que proíbe os homossexuais de publicitarem o seu estilo de vida junto dos menores.

Os activistas homossexuais usaram a aprovação da nova legislação como forma de criticar o país, embora muitos tenham vindo a público afirmar que os activistas de outras nações deveriam respeitar a escolha dos Russos de se governarem segundo as suas leis.

Entretanto, o Comité Olímpico Internacional expressou total confiança na capacidade da Rússia de receber os Jogos Olímpicos de Inverno, para além de terem dito numa declaração que estavam "totalmente satisfeitos" com as leis Russas em torno do homossexualismo.

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