Por Trayce Hansen, Ph.D.
Levei a cabo uma revisão a todos os estudos que consegui localizar que avaliavam a preferência sexual das crianças educadas por duplas homossexuais. Nesta minha avaliação eu estabeleci dois critérios: Primeiro: os autores tinham que ser pesquisadores pró-homossexualismo visto que de outra forma, os críticos poderiam desqualificar os seus resultados. Segundo: eu só busquei estudos que utilizavam sujeitos com 18 anos, ou mais, visto que muitos indivíduos não se auto-identificam como homossexuais até depois dessa idade (Patterson, 1992).
Levei a cabo uma revisão a todos os estudos que consegui localizar que avaliavam a preferência sexual das crianças educadas por duplas homossexuais. Nesta minha avaliação eu estabeleci dois critérios: Primeiro: os autores tinham que ser pesquisadores pró-homossexualismo visto que de outra forma, os críticos poderiam desqualificar os seus resultados. Segundo: eu só busquei estudos que utilizavam sujeitos com 18 anos, ou mais, visto que muitos indivíduos não se auto-identificam como homossexuais até depois dessa idade (Patterson, 1992).
Infelizmente, poucos estudos
preencheram o critério dos 18 anos, e devido a isso, e como forma de
maximizar o número de estudos presentes na minha pesquisa, inclui
estudos com sujeitos com idades que poderiam chegar ao 14 anos. Devido
à inclusão de estudos com sujeitos com tão baixa idade, a percentagem
reportada de crianças não-heterossexuais pode ser sub-estimativa.
Os pesquisadores pró-homossexualismo alegam com frequência que os estudos levados a cabo "não apuram qualquer diferença" entre as crianças educadas por heterossexuais e crianças educadas por homossexuais. Surpreendentemente, estas alegações são feitas nos resumos de estudos de pesquisa que, na verdade, apuram diferenças entre os dois tipos de crianças (Williams, 2000). A tendência de negar ou minimizar as diferenças já foi reparada por pesquisadores pró-homossexualismo. Depois de rever 21 estudos, Stacey e Biblarz (2001) concluíram que em relação ao género [sic], comportamento sexual, preferência sexual, as crianças homossexualmente educadas são diferentes das crianças heterossexualmente educadas.
Mas apesar destas diferenças, muitos continuam a alegar que "não existem diferenças" entre os dois tipos de crianças, e isto é feito como forma de galvanizar o apoio para o acesso homossexual às clínicas d fertilidade, à adopção, à custodia, e ao "casamento" homossexual. Encorajar o apoio a uma causa é normal, desde que esse apoio se fundamente na disseminação de informação verdadeira. Mas neste caso, isso não acontece.
Outros pesquisadores reviram os estudos em torno da paternidade homossexual e concluíram que 1) ou eles são demasiado problemáticos para se fazer qualquer tipo de alegação conclusiva (Belcastro, Gramlich, Nicholson, Price, e Wilson, 1993; Baumrind, 1995), 2) ou são metodologicamente tão inadequados que não se podem extrair conclusões a a partir deles (Lerner and Nagai, 2001).
Os pesquisadores pró-homossexualismo, bem como os outros activistas, não podem defender as duas posições: Ou os dados apurados por estes estudos são válidos e as duplas homossexuais são mais susceptíveis de educar crianças não-heterossexuais, ou estes estudos não são válidos e as suas alegações de que "não existem diferenças" não fazem sentido.
Eu sou de opinião de que, embora não se possam fazer conclusões definitivas com base nestes estudos, eles sugerem que os pais homossexuais estão a criar um número desproporcional de crianças não-heterossexuais. Isto não é surpreendente visto que os pais são as influências primárias na vida das crianças. Crianças educadas com pais com um estilo de vida, valores e atributos distintos são mais susceptíveis de se tornarem distintas das outras crianças (Baumrind 1995).
Stacey e Biblarz (2001) escreveram:
Os pesquisadores pró-homossexualismo alegam com frequência que os estudos levados a cabo "não apuram qualquer diferença" entre as crianças educadas por heterossexuais e crianças educadas por homossexuais. Surpreendentemente, estas alegações são feitas nos resumos de estudos de pesquisa que, na verdade, apuram diferenças entre os dois tipos de crianças (Williams, 2000). A tendência de negar ou minimizar as diferenças já foi reparada por pesquisadores pró-homossexualismo. Depois de rever 21 estudos, Stacey e Biblarz (2001) concluíram que em relação ao género [sic], comportamento sexual, preferência sexual, as crianças homossexualmente educadas são diferentes das crianças heterossexualmente educadas.
Mas apesar destas diferenças, muitos continuam a alegar que "não existem diferenças" entre os dois tipos de crianças, e isto é feito como forma de galvanizar o apoio para o acesso homossexual às clínicas d fertilidade, à adopção, à custodia, e ao "casamento" homossexual. Encorajar o apoio a uma causa é normal, desde que esse apoio se fundamente na disseminação de informação verdadeira. Mas neste caso, isso não acontece.
Outros pesquisadores reviram os estudos em torno da paternidade homossexual e concluíram que 1) ou eles são demasiado problemáticos para se fazer qualquer tipo de alegação conclusiva (Belcastro, Gramlich, Nicholson, Price, e Wilson, 1993; Baumrind, 1995), 2) ou são metodologicamente tão inadequados que não se podem extrair conclusões a a partir deles (Lerner and Nagai, 2001).
Os pesquisadores pró-homossexualismo, bem como os outros activistas, não podem defender as duas posições: Ou os dados apurados por estes estudos são válidos e as duplas homossexuais são mais susceptíveis de educar crianças não-heterossexuais, ou estes estudos não são válidos e as suas alegações de que "não existem diferenças" não fazem sentido.
Eu sou de opinião de que, embora não se possam fazer conclusões definitivas com base nestes estudos, eles sugerem que os pais homossexuais estão a criar um número desproporcional de crianças não-heterossexuais. Isto não é surpreendente visto que os pais são as influências primárias na vida das crianças. Crianças educadas com pais com um estilo de vida, valores e atributos distintos são mais susceptíveis de se tornarem distintas das outras crianças (Baumrind 1995).
Stacey e Biblarz (2001) escreveram:
É
difícil conceber uma teoria de desenvolvimento sexual credível que não
espere que as crianças adultas de pais lesbigays não exibam de alguma
forma uma maior incidência de identidade, comportamento e desejo homoerótico que as crianças de pais heterossexuais.
Finalmente, e talvez o mais importante, as falhas metodológicas nos estudos existentes em torno da paternidade homossexual (tais como amostras não representativas, falta de grupos de controle, e especificações não longitudinais) ressalvam a necessidade duma pesquisa rigorosa e imparcial, de modo a que conclusões mais rigorosas em relação à identidade sexual e genérica das crianças educadas por duplas homossexuais possam ser extraídas. Até lá, olhemos para os estudos que já existem de modo a apurar as tendências sugestivas.
A Revisão:
Esta revisão é uma pesquisa feita a nove estudos que se enquadra nos critérios acima delineados, e os resultados encontram-se limitados pelas fragilidades, limitações, e problemas já descritos (Belcastro, et. al., 1993; Baumrind, 1995; Lerner e Nagai, 2001). Ela é descritiva na sua natureza, e apenas disponibiliza informação geral.
Com base na média encontrada nos 9 estudos que se seguem, 14% das crianças educadas por pais homossexuas desenvolvem preferências homossexuais ou bissexuais. Estes estudos reportaram que as taxas de não-heterossexualidade variam dos 8% aos 21%. As percentagens mais frequentemente reportadas foram de 14% e 16% (dois estudos cada um). Como termo de comparação, dados das melhores pesquisas nacionais revelam que aproximadamente 2% da população é não-heterossexual (Laumann, Gagnon, Michael, e Michaels,1994).
Logo, se estas percentagens forem confirmadas através de estudos com melhor construção, as crianças educadas por homossexuais parecem ser sete vezes mais susceptíveis de desenvolverem preferências homossexuais ou bissexuais, quando comparadas com as crianças educadas por heterossexuais. E, tal como ja foi explicado previamente, 14% pode ser uma sub-estimativa devido à baixa idade de muitos dos sujeitos destes estudos.
Os nove estudos, ordenados alfabeticamente, são pesquisados a seguir e eles incluem os resumos dos autores ou as descrições disponibilizadas por outros, seguidos pelos meus comentários e/ou análise.
1. Bailey, J. M., Bobrow, D., Wolfe, M, & Mikach, S. (1995). Sexual orientation of adult sons of gay fathers. Developmental Psychology, 31(1), 124-129.
Abstracto do autor:
O
desenvolvimento sexual dos pais gays ou lésbicos é interessante, tanto
por motivos científicos como por motivos sociais. O presente estudo é,
até hoje, o maior a focar-se na orientação sexual dos filhos adultos
dos homens gays. Com base na publicidade em publicações gays, foram
recrutados 55 homens gays ou bissexuais que reportaram 82 filhos com
pelo menos 17 anos de idade. Mais de 90% dos filhos cuja orientação
podia ser avaliada reportaram ser heterossexuais. Para além disso, os
filhos gays e heterossexuais não se distinguiam em variáveis
potencialmente relevantes tais como o tempo de vivência com os seus
pais. Os resultados sugerem que qualquer influência ambiental dos pais
gays sobre a orientação sexual dos filhos não é grande.
Os meus comentários:
Este estudo usou duas formas para classificar a não-heterossexualidade dos filhos adultos criados por homens homossexuais. Primeiro, perguntaram aos pais para classificar se os seus filhos eram heterossexuais ou não-heterossexuais. Os pais que reportaram estar pelo menos "virtualmente certos" da preferência sexual dos filhos, reportaram que 7 entre 75 dos filhos, ou 9%, era não-heterossexuais. Convém ressalvar que dois filhos cujos pais só estavam "moderadamente certos" da não-heterossexualidade dos seus filhos foram excluídos da análise. Se esses dois filhos tivessem sido incluídos, a percentagem dos não-heterossexuais teria subido para 12%.
O segundo método usado para averiguar o número de filhos não-heterossexuais de pais homossexuais era a auto-classificação por parte dos filhos. Dos 43 filhos que se classificaram a eles mesmos, seis dos 43, ou 14%, auto-identificaram-se como não-heterossexuais. Certamente que a percentagem de filhos não-heterossexuais é apurada de melhor forma pelas próprias palavras dos filhos, e desde logo, a percentagem dos 14% é provavelmente um número mais acertado para esta amostra.
Na sua discussão, os autores reconhecem que com base em várias pesquisas populacionais em larga escala, "pode ser alegado que a taxa de homossexualidade nos filhos (9%) é várias vezes mais elevada que aquela que é sugerida pelas pesquisas populacionais." E a taxa de 14% de auto-identificados filhos não-heterossexuais é ainda mais elevada. Note-se na forma como o resumo dos próprios autores minimiza estes achados.
2. Bozett, F.W. (1988). Social control of identity of children of gay fathers. Western Journal of Nursing Research, 10(5), 550-565.
Descrição demográfica de Bozett:
[O
estudo de Bozette incluiu] 19 sujeitos, 13 fêmeas e 6 machos,
representando 14 pais homossexuais. A idade das crianças variava dos 14
aos 35; 9 encontravam-se na sua adolescência, 6 na casa dos 20, e 4
estavam entre os 30 e os 35. Todos os filhos eram biológicos, excepto 1
que havia sido adoptado por parte dum homem solteiro quando tinha dois
anos. Dois dos seis homens identificaram-se como gays, uma mulher disse
que era bissexual, e os restantes reportaram serem heterossexuais.
Os meus comentários:
De forma abrangente, 16% das pessoas presentes na amostra de Bozett auto-identificaram-se como não-heterossexuais, um número 8 vezes mais elevado que a média nacional. Para além disso, muitos teóricos acreditam que podem existir impactos distintos nas crianças educadas por homossexuais dependendo do sexo do parente homossexual e o sexo da criança. Devido a isto, talvez o achado mais dramático feito por Bozett é o facto de 33% das crianças masculinas educadas por homens homossexuais se identificarem como homossexuais, e estes resultados podem ser uma sub-estimativa visto que quase metade dos sujeitos de Bozett eram adolescentes (que mais tarde podem eventualmente se auto-identificar como não-heterossexuais).
3. Goldberg, A. (2007). (How) does it make a difference? Perspectives of adults with lesbian, gay, and bisexual parents. American Journal of Orthopsychiatry, 77(4), 550-562.
O abstracto do autor:
Poucos
estudos lidaram com as experiências e as percepções das crianças
adultas criadas por pais lésbicos, gay ou bissexuais (lgb). Neste
estudo, foram entrevistadas 46 crianças adultas de pais lgb, e foram
examinadas as suas percepções sobre como o facto de terem sido educadas
por pais lgb os influenciou como adultos. Análises qualitativas
revelaram que os adultos eram mais tolerantes, com mente aberta aberta,
e tinham ideias mais flexíveis em torno do género e da sexualidade como
função do facto de terem crescido com pais lgb. Com frequência, os
participantes sentiam-se no papel de protectores dos seus pais e da
comunidade gay, e alguns desenvolveram esforços para os defenderem
perante os seus pares, membros familiares, e perante a sociedade.
Alguns participantes batalharam com questões de confiança durante a idade adulta, que eles relacionaram com a experiência inesperada dos pais de "saírem do armário", bem como com as experiências de serem vítimas de gozo e de intimidação [bullying]. É discutida a importância de se entender estes dados dentro do contexto do heterossexismo social.
Alguns participantes batalharam com questões de confiança durante a idade adulta, que eles relacionaram com a experiência inesperada dos pais de "saírem do armário", bem como com as experiências de serem vítimas de gozo e de intimidação [bullying]. É discutida a importância de se entender estes dados dentro do contexto do heterossexismo social.
Os meus comentários:
As idades dos sujeitos do estudo de Goldberg variavam dos 19 aos 50 anos. Neste estudo, 91% deles acreditava que ter tido pais não-heterossexuais "influenciou as suas ideias em torno do género e dos relacionamentos", e "sentiam que ter tido pais lgb os havia levado a desenvolver noções menos rígidas e mais flexíveis sobre a sexualidade e sobre o género".
Com base nestas crenças, não é de estranhar que 17% dos sujeitos do estudo de Goldberg se tenham identificado como não-heterossexuais (lésbicas, bissexuais, ou "gender-queer"). Goldberg sumarizou os seus achados e os achados de outros declarando que as crianças de pais lgb "haviam sido socializadas para questionar noções rígidas em torno da sexualidade e do género, e para olhar para uma vasta gama de identidades sexuais e de género como apropriadas.....". O estudo de Goldberg apoia de modo directo a crença disponibilizada por outros pesquisadores (Baumrind, 1995; Stacey & Biblarz, 2001) de que as atitudes sexuais e os estilos de vida dos pais influenciam as atitudes e os estilos de vida dos filhos.
4. Golombok, S. & Tasker, F. (1996). Do parents influence the sexual orientation of their children? Findings from a longitudinal study of lesbian families. Developmental Psychology, 32, 3-11.
O abstracto dos autores:
Os
dados apresentados são de um estudo longitudinal da orientação sexual
de adultos que foram criados por famílias lésbicas. Vinte e cinco
crianças de mães lésbicas e um grupo de controle de 21 crianças de mães
solteiras heterossexuais foram inicialmente analisadas quando tinham
uma média de 9.5 anos, e analisadas outra vez quando tinham uma média
de 23.5 anos. Foram usadas entrevistas-padrão como forma de se obterem
dados em torno da orientação sexual dos jovens adultos no estudo
procedente, e como forma de se apurarem as características familiares e
o comportamento de género por parte das mães e das suas crianças que
fizeram parte estudo inicial.
Embora aqueles provenientes de famílias lésbicas fossem mais susceptíveis de explorar os relacionamentos homossexuais, particularmente se o seu ambiente familiar se caracterizasse pela abertura e pela aceitação dos relacionamentos lésbicos e gays, a larga maioria das crianças que haviam crescido dentro de famílias lésbicas identificavam-se como heterossexuais.
Embora aqueles provenientes de famílias lésbicas fossem mais susceptíveis de explorar os relacionamentos homossexuais, particularmente se o seu ambiente familiar se caracterizasse pela abertura e pela aceitação dos relacionamentos lésbicos e gays, a larga maioria das crianças que haviam crescido dentro de famílias lésbicas identificavam-se como heterossexuais.
Os meus comentários:
Devido ao seu design longitudinal, e embora falho, este estudo é considerado um dos melhor arquitectados na avaliando as distinções entre as crianças de lares homossexuais e crianças de lares heterossexuais (Williams, 2000). O estudo apurou que 8% das crianças adultas criadas por mães lésbicas auto-identificavam-se como não-heterossexuais, mas de forma a poderem ser classificadas como não-heterossexuais, as crianças tinham que se identificar como não-heterossexuais no momento presente e comprometerem-se a se auto-identificarem como não-heterossexuais no futuro - um método pouco usual de classificar a não-heterossexualidade.
Com base em tal método, é bem provável que muitas pessoas que actualmente se identificam como não-heterossexuais não tenham sido classificadas como tal. No entanto, esta classificação pouco usual pode explicar outro dado apurado pelo mesmo estudo. Quando se examina Avaliação de Kinsey listada no Quadro 2, um total de 16% dos participantes indicaram níveis de atracção sexual bissexuais ou homossexuais. Se compararmos ambos os grupos (crianças educadas por lésbicas versus crianças educadas por heterossexuais) usando a percentagem de 16%, existem diferenças significativas entre os dois grupos (Throckmorton, 2004).
Os autores não mencionaram este ponto nem disponibilizaram uma explicação ou um comentário em relação ao mesmo. Mesmo assim, 16% daqueles educados por lésbicas tinham níveis de atracção sexual bissexuais ou homossexuais, enquanto que aqueles que haviam sido educados por heterossexuais tinham 0% de nível de atracção bissexual ou homossexual.
Adicionalmente, 67% das crianças de famílias lésbicas disseram que haviam "previamente considerado, ou imaginado uma futura possibilidade, de virem a experimentar uma homo-atracção ou ter um relacionamento homossexual, ou ambos", comparados com apenas 14% das crianças das famílias heterossexuais. Isto são 67% comparados a 14%.
Para além disto, 24% das jovens adultos de lares homossexuais haviam tido, de facto, um ou mais relacionamentos homossexuais, enquanto que nenhum dos adultos de lares heterossexuais havia tido. Isto são 24% comparados a 0%. E finalmente, se subtrairmos os 16% (a percentagem de adultos-crianças deste estudo que se encontram atraídos a membros do próprio sexo) dos 24% (a percentagem de adultos-crianças nesta amostra que realmente se envolveu em relacionamentos homossexuais) ficamos com 8%.
Isto significa que 8% das pessoas desta amostra e adultos-crianças educados por lésbicas haviam tido um relacionamento homossexual embora elas não tivessem algum tipo de atracção por pessoas do mesmo sexo. Claramente, este estudo apurou diferenças enormes entre as crianças educadas por heterossexuais e crianças educadas por homossexuais, e essas diferenças estão de acordo com a crença de que a paternidade homossexual pode e influencia de facto o comportamento sexual das suas crianças.
Mas apesar das intrigantes distinções reveladas entre os dois grupos deste estudo, os autores do abstracto ou minimizam essas distinções, ou omitem-nas de todo. Mais ainda, este estudo é frequentemente citado pelos pesquisadores pró-homossexualismo como um que demonstra que não existem distinções entre as crianças educadas por homossexuais e as crianças educadas por heterossexuais.
5. Hays, D.& Samuels, A. (1989). Heterosexual women's perceptions of their marriages to bisexual or homosexual men. In F. Bozett (Ed.), Homosexuality and the family (pp. 81-100). New York: Harrington Park Press.
O sumário parcial dos autores:
Vinte
e uma mulheres heterossexuais que eram ou haviam estado casadas com
homens bissexuais ou homossexuais e haviam tido crianças com eles,
responderam a um questionário com 28 paginas que explorava as suas
experiências como esposas e mães.
Os meus comentários:
Hays e Samuels apuraram que aproximadamente 12% das crianças da sua amostra, que tinham 16 ou mais anos, foram reportadas pelas suas mães como sendo homossexuais. Infelizmente, os autores não reportaram a divisão por sexo das crianças não-heterossexuais, e devido a isto, a avaliação das distinções entre os rapazes e as raparigas dos pais não-heterossexuais não pôde ser calculado. Mais ainda, a percentagem reportada de crianças não-heterossexuais foi apurada com base nas declarações das mães, embora a auto-declaração tivesse sido preferível. Este foi outro estudo que pode ter subestimado o número de crianças não-heterossexuais devido à tenra idade de muitos dos seus sujeitos.
6. Haack-Moller, A. & Mohl, H. (1984). Born af lesbiske modre [Children of lesbian mothers]. Dansk Psykolog Nyt, 38, 316-318.
Descrição do estudo de Haack-Moller & Mohl:
Haack-Moller
e Mohl levaram a cabo um estudo-procedente, com a duração de 10 anos,
às crianças com mães lésbicas. O estudo original foi levado a cabo por
Nini Leick e John Nielsen. Haack-Moller e Mohl foram capazes de entrar
em contacto com 13 das 15 crianças originais, e as 13 concordaram em se
submeter a outra entrevista. A amostra de crianças era composta por 6
rapazes e 7 raparigas com idades compreendidas entre os 14 aos 31.
Deste pequena amostra, foi reportado que uma das crianças com uma mãe
lésbica tinha uma preferência homossexual, representando 8% do total.
Haack-Moller e Mohl declararam que o lesbianismo das mães havia sido problemático para as crianças. De forma geral, foi mais difícil para os rapazes embora ambos os sexos tenham reportado reacções negativas e problemas com os seus pares. Mais ainda, todas as crianças haviam, a dada altura, expressado o desejo de ter um pai e uma "família de verdade".
Haack-Moller e Mohl declararam que o lesbianismo das mães havia sido problemático para as crianças. De forma geral, foi mais difícil para os rapazes embora ambos os sexos tenham reportado reacções negativas e problemas com os seus pares. Mais ainda, todas as crianças haviam, a dada altura, expressado o desejo de ter um pai e uma "família de verdade".
Os meus comentários:
Mais uma pequena amostra que usou crianças com idades que poderiam chegar aos 14 anos, aumentando desde logo as chances dos 8% serem uma sub-estimativa das percentagens genuínas de não-heterossexuais nesta amostra. Infelizmente, o sexo da única criança homossexual não foi indicado, e como tal, a avaliação do impacto distinto sobre os rapazes e sobre as raparigas não pôde ser explorado.
7. Miller, B. (1979). Gay fathers and their children. The Family Coordinator, 28(4), 544-552.
O abstracto do autor:
Entrevistas
profundas foram levadas a cabo com uma amostra-bola-de-neve de 40 pais
gays e 14 das suas crianças. As questões lidaram com a natureza e a
qualidade da paternidade por ambos os homens e pela descendência.
Quatro tópicos frequentemente levantados nos casos de custódia gay
foram examinados. Os dados indicam que as noções do comportamento
compensatório da paternidade gay, o abuso de crianças, a influência
negativa no desenvolvimento das crianças, e a instigação de assédio são
largamente sem fundamento. Quando o pai "sai do armário" perante os filhos, isso tende a aliviar a tensão familiar e a fortalecer o laço pai-filho.
Os meus comentários:
As crianças de pais homossexuais presentes neste estudo tinham idades compreendidas dos 14 aos 33. Com base nas declarações dos pais, 8% das crianças eram homossexuais. No entanto, 14% destas crianças que foram directamente entrevistadas identificaram-se como homossexuais. Mais uma vez, a auto-identificação tem mais credibilidade que a identificação paternal. E este é mais um estudo que incluiu crianças com idades abaixo dos 18, um grupo mais susceptível de não se identificar como não-heterossexual no futuro. Infelizmente, o autor não dividiu a amostra por idades, e como tal, não se sabe a percentagem de crianças com menos de 18 anos.
8. O'Connell, A. (1993). Voices from the heart: The developmental impact of a mother's lesbianism on her adolescent children. Smith College Studies in Social Work, 63, 281-299.
O abstracto do autor:
Este
artigo tem como base um estudo que explora o impacto da orientação
sexual das mães lésbicas divorciadas nos seus filhos, à medida que eles
atravessam a adolescência dentro duma cultura homofóbica. As questões
em torno da identidade sexual, bem como as amizades, são ressalvadas.
Os dados apurados indicam uma atitude leal e protectora para com a mãe,
abertura à diversidade, e sensibilidade para com os efeitos do
preconceito.
Os sujeitos reportaram necessidades fortes de afiliação e sigilo por parte dos seus pares em relação ao lesbianismo da mãe como algo necessário para a preservação da relação. Outras preocupações, que diminuíam com o passar do tempo, foram medos não-consumados de desvalorização masculina e homossexualidade. Tristeza pervasiva em torno da separação dos pais permaneceram, e os desejos duma reunificação foram colocados de parte quando a mãe "saiu do armário".
Os sujeitos reportaram necessidades fortes de afiliação e sigilo por parte dos seus pares em relação ao lesbianismo da mãe como algo necessário para a preservação da relação. Outras preocupações, que diminuíam com o passar do tempo, foram medos não-consumados de desvalorização masculina e homossexualidade. Tristeza pervasiva em torno da separação dos pais permaneceram, e os desejos duma reunificação foram colocados de parte quando a mãe "saiu do armário".
Os meus comentários:
A amostra de O'Connell foi bastante pequena, consistindo apenas de 6 mulheres jovens (idades: 16-23) e 5 homens (19-23). Nove porcento da amostra de O'Connell auto-identificou-se como não-heterossexual. As duas maiores preocupações expressas pelas crianças após a revelação da homossexualidade das mães foram "confusão e medo de se tornarem homossexuais". Adicionalmente, muitas das crianças verbalizaram abertamente "sentimentos de raiva, desapontamento, e ressentimento." (...)
9. Paul, J.P. (1986). Growing up with a gay, lesbian, or bisexual parent: an exploratory study of experiences and perceptions. Unpublished doctoral dissertation, University of California at Berkley, Berkeley, CA.
Descrição da dissertação de Paul por parte de Patterson (1992):
Um
estudo que envolveu entrevistas com jovens adultos - filhos e filhas de
pais lésbicos, gays ou bissexuais - foi reportado por Paul (1986).
Durante a entrevista, foi perguntado aos inquiridos
(com idades entre os 18 e os 28 anos) qual era a sua orientação sexual.
Das 34 pessoas que responderam, 2 identificaram-se como bissexuais, 3
como lésbicas, e 2 como homens gays. Logo, cerca de 15% das pessoas da
amostra identificaram-se como gays e lésbicas. Mais uma vez, este
número encontra-se dentro do intervalo normal de variabilidade dentro
da população.
Os meus comentários:
Embora 15% da amostra de Paul se tenha auto-identificado como gay ou lésbica,, outros 6% auto-identificaram como bissexuais. Parece estranho que embora os pais bissexuais tenham sido incluídos e contabilizados como tal, as criança bissexuais tenham sido excluídas do total citado em cima. O motivo pelo qual Patterson omitiu as crianças bissexuais do total é desconhecido, mas apesar do motivo, 21% da amostra de Paul (de adultos educados por pais não-heterossexuais) identificou-se como não-heterossexual.
Mais ainda, o comentário de Patterson de que o número de 15% está "dentro do intervalo normal de variabilidade dentro da população" não foi explicado. Como dito em cima, os mais acertados dados actuais revelam que aproximadamente 2% da população geral é não-heterossexual. Portanto, mesmo comparando com a mais baixa taxa de 15%, a amostra de Paul de não-heterossexuais é 7.5 vezes mais elevada da que seria de esperar, ao mesmo tempo que a taxa de 21% é 10.5 vezes mais elevada.
Breve sumário à revisão e comentários finais
Os 9 estudos precedentes sugerem que as crianças educadas por pais homossexuais ou bissexuais são sensivelmente 7 vezes mais susceptíveis que a população geral de desenvolver uma preferência sexual não-heterossexual. Estes dados não são surpreendentes. Em referência ao trabalho de Ford e Beach, Amy Butler (2005) da Universidade de Iowa escreveu:
O comportamento sexual, incluindo o género do parceiro sexual preferido, é largamente socialmente aprendido.
Desde a mais tenra idade, as crianças são ensinadas em relação à forma
como devem expressar os seus impulsos sexuais ao serem recompensadas
pelas actividades aprovadas, e castigadas pelos comportamentos
socialmente desaprovados.
Obviamente que os pais não-heterossexuais serão mais abertos ao comportamento não-heterossexual por parte dos seus filhos. E, de facto, alguns estudos revelaram que algumas mães lésbicas preferem que as suas filhas sejam lésbicas e muitas filhas alegadamente reportam saber disso (Tasker and Golombok, 1997).
Butler (2005) conclui:
Os
dados apurados a partir das pesquisas antropológicas e sociológicas, e
a partir de estudos em torno de gémeos, sugerem que existe uma
componente ambiental substancial a influenciar a escolha da pessoa de
optar ou não por obter um parceiro do mesmo sexo.....
Ser educado por pais que exibem comportamento não-heterossexual certamente que seria considerado uma força ambiental potente, e como tal, o facto dum desproporcional número de crianças educadas por pais homossexuais desenvolverem atracção homossexual não deveria deixar as pessoas surpresas.
Em seguimento da sua revisão a 21 estudos, os pesquisadores pró-homossexualismo Stacey and Biblarz (2001) concluíram:
As
crianças de pais lesbigays parecem ser menos tradicionalmente
genericamente-tipificados e mais abertos às relações homoeróticas....
As evidências, embora escassas e sub-analisadas, sugerem que a orientação sexual dos pais está positivamente associada com a possibilidade das crianças virem a ter a mesma orientação.
Ann Pelligrini, professora-adjunta na NYU colocou as coisas duma forma mais directa:
As famílias queer irão produzir crianças queer. (Bronski, 2001).
Quando Stacey e Biblarz (2001) revelaram que a pesquisa "não há diferenças" havia na verdade revelado diferenças entre as crianças educadas por pais homossexuais e pais heterossexuais, Paula Ettlebrick do grupo National Gay and Lesbian Task Force disse que eles haviam "arrebentado a bolha dum dos mais bem guardados segredos comunitários." Manter o véu em torno deste segredo tem sido uma estratégia inteligente, e uma que tem servido bem à comunidade homossexual, influenciando tanto as decisões dos tribunais bem como a opinião pública (Clarke, 2002).
O propósito desta revisão é garantir que os dados apurados após pesquisas em torno das consequências nas crianças educadas por duplas homossexuais sejam reveladas de forma honesta e frontal ao público. Embora largamente falhas, os estudos de pesquisa levados a cabo até aos dias de hoje sugerem que a educação não-heterossexual é bem mais susceptível de gerar crianças não-heterossexuais do que a educação heterossexual.
- http://goo.gl/msZXbW
Bom linkar aqui o estudo original no site da Dr. Hansen. Ele tem muitas outras publicações relevantes ao tema. http://www.drtraycehansen.com/Pages/writings_sexpref.html
ResponderEliminarMarcus,
EliminarPassou-me por completo. Obrigado. Vou linkar para o estudo dela.