Dito de forma simples, crescer com pais homossexuais foi muito difícil
para mim, e não devido ao preconceito dos vizinhos. ... Quando a tua
casa é tão drasticamente diferente das casas à tua volta, e duma forma
fundamental que incide nas relações físicas básicas, tu cresces duma
forma estranha. Não tenho qualquer tipo de desordem mental ou qualquer
problema biológico; eu apenas cresci numa casa tão fora do comum que eu
estava destinado a crescer como um pária social.
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Robert Lopez |
Os meus semelhantes aprenderam as regras de conduta implícitas e a
linguagem corporal dentro das suas casas; eles entenderam o que era
apropriado em certas situações e o que não era; eles aprenderam tanto
os mecanismos sociais tradicionais masculinos como os femininos. Mesmo
que os pais dos meus pares se tivessem divorciado, e muitos tinham,
mesmo assim eles cresceram a observar modelos sociais masculinos e
femininos. Eles aprenderam, de forma típica, como ser corajoso e
inabalável por parte das figuras masculinas, e como escrever cartões de
agradecimento e ser sensível por parte das figuras femininas.
Claro que isto são estereótipos, mas eles são úteis quando
inevitavelmente se abandona o conforto do casa-reboque da mãe lésbica,
e se tem que trabalhar para sobreviver num mundo onde toda as pessoas
pensam duma forma estereotipada - até os homossexuais.
Eu nunca tive uma figura masculina a quem seguir, e a minha mãe bem
como a sua parceira eram ambas totalmente diferentes dos pais
tradicionais ou das mães tradicionais. Como resultado, eu tive muito
poucas dicas sociais reconhecíveis a oferecer aos potenciais amigos e
às potenciais amigas visto que eu nem era confiante nem sensível aos
outros.
Sem surpresa alguma, eu raramente fazia amigos, e facilmente alienava
os outros. Os homossexuais que crescem em casas com pais heterossexuais
podem ter problemas com a sua orientação sexual, mas no que toca ao
vasto universo social de adaptações não relacionadas com a sexualidade
- como agir, como falar, como se comportar - eles têm a vantagem de
aprender em casa. Muitos homossexuais não se apercebem da bênção que é
ser criado numa família tradicional.
A minha casa não era tradicional e nem convencional. Devido a isso, eu
sofri de formas que é difícil para os psicólogos classificar. Tanto
nervoso mas frontal, mais tarde eu seria considerado estranho mesmo aos
olhos dos homossexuais e bissexuais adultos que tinham pouca paciência
para alguém como eu. Eu era demasiado estranho para eles, como o era
para os heterossexuais.
A vida é difícil quando se é estranho. Mesmo agora, eu tenho muito
poucos amigos e frequentemente sinto-me como se não entendesse as
pessoas devido as dicas sexuais não-mencionadas que todas as pessoas à
minha volta, mesmo os homossexuais criados em lares tradicionais, tomam
por certo. Embora eu seja trabalhador e seja uma pessoa que aprende
depressa, tenho problemas dentro dos ambientes profissionais porque os
colegas de trabalho acham que eu sou bizarro.
Em termos de sexualidade, os homossexuais que cresceram em lares
tradicionais beneficiaram do facto de pelo menos observarem alguns
rituais de cortejamento à sua volta. Eu não sabia como me tornar mais
atraente para as raparigas. Sempre que saia da casa-reboque da minha
mãe, eu era imediatamente classificado como um pária devido aos meus
maneirismos femininos, roupas estranhas, pronúncia defeituosa, e
estranheza. Sem surpresa alguma, eu acabei a escola secundária sendo
ainda virgem, nucna tendo tido uma namorada, e em vez disso, tendo ido
a 4 bailes de formatura como um amigo próximo contador de piadas que
apenas queria alguém que lhe ajudasse a obter uma limusine.
Quando entrei para a universidade, eu rapidamente activei os detectores
de homossexuais (inglês: "gaydar") de todos, e o grupo lgbt da
faculdade rapidamente caiu sobre mim, afirmando que estavam 100% certos
que eu era homossexual. Quando eu me assumi como bissexual, eles
disseram que eu estava a mentir e que eu apenas ainda não estava pronto
para me assumir como homossexual.
O SUBMUNDO HOMOSSEXUAL
Assustado e traumatizado com a morte da minha mãe, deixei a faculdade
em 1990 e caí no que só pode ser classificado de submundo homossexual.
Coisas terríveis aconteceram comigo por lá.
Só quando tinha 28 anos é que subitamente dei por mim numa relação com
uma mulher... Eu identifico-me como bissexual porqur seriam necessárias
várias novelas para explicar o porque de ter acabado como
"heterossexual" depois de quase 30 anos como homem homossexual. Não
tenho vontade de lidar com activistas homossexuais a investigar-me da
mesma forma que eles se envolvem e missões de "busca-e-destruição"
contra os ex-homossexuais, "enrustidos", ou "homocons" [conservadores
homossexuais].
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Mark Regnerus |
Embora eu tenha uma biografia particularmente relevante para os
assuntos homossexuais, a primeira pessoa a entrar em contacto comigo,
agradecendo-me por partilhar a minha perspectiva dos assuntos lgbt,
foi Mark Regnerus num email com a data do dia 17 de Julho de 2012. Eu
não fiz parte do seu estudo gigantesco, mas ele reparou num comentário
que eu deixei num site em torno do estudo, e tomou a iniciativa de dar
início a correspondência por email.
Já vivi 41 anos e ninguém - muito menos os activistas homossexuais -
quis falar comigo de forma honesta acerca dos complicados tópicos
homossexuais da minha vida. Só por esta razão, Mark Regnerus merece
créditos - e a comunidade homossexual deveria agradecê-lo em vez de
tentar silenciá-lo.
O estudo de Regnerus identificou 248 adultos que haviam sido educados
por duplas homossexuais. Levados a dar uma resposta franca com a
vantagem de já serem adultos, eles deram testemunhos pouco favoráveis
em favor da agenda da igualdade do casamento [sic] homossexual. No
entanto, os resultados tem o apoio duma coisa importante na vida
chamada de senso comum: crescer duma forma diferente das outras pessoas
é complicado e as dificuldades aumentam o risco da criança desenvolver
desajustes ou o risco de se auto-medicar com álcool e outros
comportamentos perigosos. Sem dúvida que cada uma das 248 histórias
humanas tinha muitas complexidades.
Tal como a minha história, a história destas 248 pessoas merece ser
contada. O movimento homossexual está a fazer de tudo para que ninguém
oiça estas histórias, mas eu preocupo-me mais com as histórias do que
com os números (especialmente como professor de Inglês), e, sem ser a
sua vontade, Regnerus deparou-se com uma narrativa preciosa como uma
arca de tesouro.
Porquê, então, o código de silêncio por parte dos lideres lgbt? De onde
me encontro, só posso especular. Valorizo muito a memória da minha mãe,
mas não poupo palavras quando descrevo o quão duro foi crescer num lar
homossexual. Estudos prévios examinaram crianças que ainda viviam com os
seus pais [sic] homossexuais, e desde logo, eles não eram livres para
falar, governados que estavam (tal como todas as crianças) por
sentimentos de piedade paterna, culpa e medo de perder as suas mesadas.
Por tentar falar de forma honesta, eu fui literalmente reprimido
durante décadas.
SEXO DOENTIO LEVA A DOENÇAS
Especialmente prejudicial é a atitude liberal [esquerdista] de que não
deveríamos fazer juízos de valor em relação ao sexo. No mundo
homossexual de Bronx, eu limpei apartamentos suficientes de homens que
morreram de SIDA para entender que resistir a tentação sexual é central
para qualquer tipo de sociedade humana. O sexo pode ser prejudicial não
só devido às infecções médicas, mas também porque nos deixa mais
vulneráveis e mais susceptíveis de prendermo-nos emocionalmente a
pessoas que não nos amam, de chorar aqueles que nos deixam, e de não
saber como fugir daqueles que precisam de nós mas que nós não amamos. A
esquerda política não entende nada sobre isto. É por isso que eu sou
conservador.
As nossas crianças não chegam até nós com uma ficha limpa de imunidade
legal. Embora eu seja bissexual, eu não posso lançar fora a mãe da
minha criança como se ela fosse um incubadora usada. Eu tive que ajudar
a minha esposa durante as dificuldades da gravidez e durante as
dificuldades da depressão pós-parto. Quando ela batalha contra a
discriminação contra as mães ou contra as mulheres nos locais de
trabalho sexistas, eu tenho que ser paciente e escutar. Eu tenho que
satisfazer as suas necessidades sexuais.
Mal eu passei ser um pai, eu coloquei de lado o meu passado
homossexual e fiz um compromisso de nunca me divorciar da minha esposa
ou tomar outra pessoa - homem ou mulher - até morrer. Escolhi esse
compromisso como forma de proteger a minha criança de lidar com drama
prejudicial, até mesmo quando crescem e passam a ser adultos. Quando se
é um pai, as questões éticas giram em volta da criança, e nós colocamos
o nosso interesse próprio fora dos nossos planos . . . . para sempre.
* * * * * * *
O facto dos líderes lgbt quererem censurar as pessoas que revelam a
verdadeira natureza dos relacionamentos homoeróticos diz muito sobre a
sua verdadeira agenda. Nenhuma ideologia do lado da verdade teme a
livre circulação de informação.