Por Michael Brown
A história que nos chega da Bélgica é
verdadeiramente trágica: uma mulher de 44 anos, desapontada com a
operação de "mudança de sexo" (de mulher para "homem"), tomou a decisão
de se submeter a uma eutanásia sentido que a operação lhe havia
transformado num monstro. Mas a história por trás da história é ainda
mais trágica.
Obviamente que se nós acreditássemos nas reportagens que os média propagam incessantemente, seríamos levados a pensar que todas
as pessoas que alguma vez fizeram uma operação de "mudança de sexo" se
encontram felizes com o resultado. Levando em conta essa forma de ver
as coisas, existe agora um novo termo que é suposto nós usarmos: cirurgia de realinhamento do género. Esta nova terminologia veio para substituir a anterior - cirurgia de reatribuição sexual - que por sua vez substituiu o termo mais gráfico prévio: operação de mudança de sexo.
E
é importante não sermos ingénuos em relação a isto: Esta é
inquestionavelmente uma cirurgia radical que envolve a remoção e a
alteração de órgãos perfeitamente funcionais apenas e só porque uma
pessoa fica convencida (na sua mente) de que esses órgãos não deveriam
estar por lá.
No caso da mulher Belga que cresceu com o nome Nancy Verhelst
(mais tarde adoptou o nome Nathan Verhelst), ela recebeu permissão para
se submeter a uma injecção letal com base na sua declaração de que se
encontrava em "sofrimento psicológico insuportável".
(Convém ressalvar que uma em cada 50 mortes que ocorrem actualmente na
Bélgica são o resultado da eutanásia, mas essa é outra história
trágica.)
Como reportado na
Bélgica,
Verhelst afirmou que, depois da cirurgia, "
Eu
encontrava-me pronta para celebrar o meu renascimento mas quando me
olhei no espelho, fiquei com nojo de mim mesma. O meu novo peito não
estavam de acordo com as minhas expectativas e o meu novo pénis tinha
sintomas de rejeição. Eu não queria ser . . . . um monstro."
Tudo isto é suficientemente triste em
si, mas a história por trás de história é ainda pior - apontando para
questões profundas que envolvem a vida de Verhelst. A sua mãe havia-lhe
rejeitado desde o momento de nascença, havendo dito
o seguintes
depois que soube da morte da filha:
Quando vi a Nancy pela primeira vez, o meu sonho foi destruído. Ela era tão feia. Eu tive um nascimento fantasma. A sua morte não me perturba.
Alguma vez ouvimos uma mãe a dizer uma coisa tão cruel sobre a sua filha? Ela continua:
Para mim, este capítulo terminou. A sua morte não me perturba. Não sinto nenhuma dor, nenhuma dúvida ou remorso. Nunca tivemos algum tipo de conexão portanto, nada foi quebrado.
E a Nancy lutou com a dor da rejeição até ao momento da sua morte, tal como o artigo revela:
Horas antes da sua morte,Verhelst falou da forma como, quando era criança, sempre se sentiu rejeitada e como "era a menina que ninguém queria",
descrevendo a forma como a sua mãe se queixou quando teve uma menina
quando, na verdade, desejava que ela tivesse nascido um rapaz.
Não é preciso qualquer qualificação em Psicologia para ver que esta
era a causa dos problemas da Nancy. Ser rejeitada desde a nascença pela
sua própria mãe por ser "feia" e ser "um nascimento fantasma", e também
por não ter sido o rapaz que a sua mãe desejava, eram as verdadeiras
causas da sua confusão sexual. (Não estou a dizer que isto é o que
acontece em todas as situações, mas esta parece ser a melhor explicação
para este caso.
Walt Heyer é um homem que passou uma
situação semelhante na sua vida. Quando era criança, a sua avó vestia-o
com roupas de menina (afirmando o quão "bonita" ele ficava com roupas
de menina), e mais tarde foivárias vezes abusado sexualmente por outro homem.
Como um homem casado, Heyer concluiu
que ele era, na verdade, uma "mulher", o que o motivou a submeter-se a
terapia hormonal e a passar por uma operação de mudança de sexo e
assumir a identidade feminina de "Laura" - identidade essa que ele
manteve durante alguns anos. Mas tarde, apercebeu-se que os seus
problemas profundos não foram resolvidos. Sem surpresa alguma, o médico
que executou a operação nele falhou ao não explorar as outras questões
que perturbavam Heyer.
Eventualmente, Heyer parou de tomar os
hormonas, reverteu o que foi possível reverter da sua cirurgia,
casou-se com outra mulher, e fez o site
SexChangeRegret.com.
Um relatório present no site declara:
O "Belgrade Center for Genital
Reconstructive Surgery" afirma que eles receberam mais de 1,500 pedidos de reversão da cirurgia.
Porque será?
O site de Heyer também tem uma ligação para uma história reportada em Outubro, na Inglaterra, onde se lê
"Eu
nasci um rapaz, tornei-me numa rapariga, e agora quero voltar a ser um
rapaz outra vez": O mais novo paciente submetido à troca de sexo vai
reverter a operação.
É por motivos como este que, há alguns anos atrás, o hospital da Universidade John Hopkins, debaixo da liderança do psiquiatra Paul McHugh colocou um fim a cirurgia da mudança de sexo.
Tal como ressalvou McHugh (falando da cirurgia "homem-para-mulher"), "Não
é óbvio como os sentimentos do paciente de que ele é uma mulher presa
no corpo dum homem não são diferentes dos sentimentos dum paciente com
anorexia nervosa de que está está gorda apesar do seu estado emagrecido e caquético? Nós não executamos uma liposucção aos anoréticos. Porque é que amputamos os genitais destes homens infelizes? De certeza que o problema está na mente e não no membro."
No
entanto, sempre que eu e outros sugerimos que deveríamos investir as
nossas energias na análise mais profunda das questões que perturbam
estes indivíduos - qualquer que seja a sua idade - somos qualificados
de pessoas odiosas e insensíveis.
Em relação a McHugh, o distinto professor de psiquiatria na Universidade
Johns Hopkins, e que também fez parte do concílio bioético do
Presidente George W. Bush, ele foi atacado nos sites transgénero como
sendo alguém retrógrado.
Se por acaso alguém se questiona para onde caminham as coisas, leiam
esta
que nos chega da Argentina:
Uma
menina [sic] de seis anos, que nasceu rapaz, tornou-se na primeira
criança transgénero da Argentina a ver o seu nome oficialmente alterado
nos documentos.
Seis anos?!! Esta é a altura da vida em
que as crianças mal conseguem fazer distinção entre a realidade e a
fantasia, no entanto este rapaz, que se identificava como rapariga
desde que começou a falar, é, agora legalmente (mas não biologicamente)
uma "rapariga".O que virá a seguir?
Para os Cristãos, a mensagem é clara: Ao mesmo tempo que temos compaixão por aqueles
que buscam as estratégias divinas para a sua plenitude, temos que
celebrar as distinições sexuais entre os homens e as mulheres,
reconhecendo a beleza e a sabedoria de Génesis 1:27:
E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
Fonte: http://ow.ly/pwMGK..