WASHINGTON DC, 14 Jun. 12 / 03:49 pm (ACI/EWTN Noticias).-
O estudo de um perito da Universidade do Texas (Estados Unidos) demonstrou que as crianças criadas por duplas homossexuais enfrentam maiores dificuldades quando se tornam adultos, que aqueles criados por uma família estável constituída por um homem e uma mulher.
O autor do trabalho científico, Mark Regnerus, disse ao grupo ACI,
no dia 12 de Junho, que a sua pesquisa revela "diferenças estatísticas
significativas entre adultos que foram criados na sua infância com uma
mãe que teve uma relação homossexual e aqueles que disseram que sua mãe e
seu pai biológico estavam, e ainda estão, casados".
O estudo do Regnerus, que mediu as diferenças em 40 indicadores
sociais e pessoais entre 3.000 americanos de idades entre 18 e 39 anos,
criados em oito tipos diferentes de lares, foi publicado na edição de Julho da revista Social Science Research.
De acordo com o documento, as crianças criadas em "lares" homossexuais
têm em média níveis mais baixos de ingressos económicos quando são
adultos, e padecem mais problemas de saúde física e mental, assim como
maior instabilidade em suas relações de casal.
O estudo revelou que os menores criados neste tipo de ambiente
mostraram maiores níveis de desemprego, tabaquismo, necessidade de
assistência pública e participação em crimes.
Para Regnerus, a instabilidade no lar é "uma marca" entre os lares
cujos pais estiveram envolvidos em relações sentimentais homossexuais,
já seja que esses lares estivessem "dirigidos por uma mãe ou um pai".
As descobertas do cientista americano desafiam, entre outros, à
informação difundida em 2005 pela Associação Americana de Psicologia,
que assegurou que "nenhum estudo descobriu que crianças de pais gays ou
lésbicas sejam desfavorecidos em nenhum aspecto significativo com
respeito a crianças de pais heterossexuais".
Segundo Regnerus, alguns destes influentes estudos foram feitos em
poucas ou não representativas mostras de população, enfocando-se em
casais homossexuais brancos, com alto nível de educação, para obter
conclusões gerais sobre paternidade homossexual.
"A maioria das conclusões sobre paternidade homossexual foram obtidas
de pequenas e convenientes mostras e ao azar", disse Regnerus num
comunicado publicado pela Universidade do Texas, no dia 11 de Junho.
Regnerus disse que "os resultados desse enfoque levaram
frequentemente aos estudiosos da família a concluir que não há
diferenças entre crianças criadas em lares homossexuais e aquelas
criadas em outros tipos de famílias. Mas esses estudos anteriores
esconderam inadvertidamente a real diversidade entre as experiências de
pais gays e lésbicas nos Estados Unidos".
O pesquisador disse ao grupo ACI que ele enfocou o projeto "sem ter ideia sobre as coisas que revelariam os dados". Sobre a análise, Regnerus disse que "revelou uma instabilidade muito
maior nos lares com pais que tiveram relações homossexuais".
Ao anunciar seu estudo, no último dia 10 de Junho, Regnerus disse que
a sua descoberta mais significativa "é, sem dúvida, que as crianças se
mostram mais aptas para ter êxito como adultos quando passam sua
infância completa com o pai e a mãe casados, e especialmente quando seus
pais permanecem casados até a actualidade".
O sociólogo reconheceu que seu estudo já agitou uma "intensa e
frequente" crítica, que ele considera como "desproporcionada em relação
às limitações do estudo". O documento foi atacado pelo Family Equality Council, Human Rights
Campaign, Freedom to Marry, e a Aliança Gay e Lésbica contra a
Difamação.
Regnerus descreveu o ataque como "desafortunado" que seu próprio estudo "é de alta qualidade e está sendo difamado".
O perito assinalou finalmente que seus resultados devem simplesmente
sujeitar-se às normas da "ciência normal", que "exibe desacordos entre
os pesquisadores a respeito de como medir isto ou aquilo".