A forma mais eficaz de propaganda é
aquela que é feita sem ser detectada; ela é inócua e apela à nossa
humanidade e às nossa emoções. Havendo estudado a propaganda e o seu
efeito nas sociedades por mais de 50 anos, posso declarar
inequivocamente que o filme Brokeback Mountain é uma das obras de propaganda mais flagrantes dos nossos dias. Numa
sociedade que foi propositadamente e eficazmente emburrecida, a
comodidade mais rara e valiosa é o discernimento.
Cada vez mais
crucial, o discernimento é um atributo dos homens astutos, e vital,
visto que o nosso inimigo usa de subtileza astuta. Como pessoas,
perdemos o nosso discernimento. O raciocínio lógico, racional e
intelectual é afastado da esfera pública; as impressões, os sentimentos
emotivos e a compaixão já não são temperados com a razão inteligente.
Hoje em dia a verdade é sacrificada no altar da "tolerância".
O mero acto de falar de um modo racional sobre este filme irá causar reacções automáticas feitas com slogans: "homofóbico", "intolerante", "mente estreita",
etc. E Deus vos livre de insinuar que há uma agenda por trás de tão
óbvia propaganda visto que isso causará que oiçam as duas palavras
criadas com o propósito de terminar todas as discussões ou
considerações em torno dos factos: "Teoria da Conspiração".
Iremos lidar com as agendas e com os propósitos por trás do que estamos a ver, mas antes disso, falemos do filme.
Sim, eu vi o filme Brokeback Mountain,
mas não, eu não gastei dinheiro. Uma actriz, minha amiga, emprestou-me
o seu DVD de "consideração académica" (crime que em muitos casos
acarreta uma penalidade mais dura que o assassínio). Antes de mais,
ainda estou à espera que alguém diga o quão chato este filme é. O mesmo
é tediosamente longo e na maioria dos segmentos, enfadonho. Mas
analisemos alguns dos aspectos da sua propaganda.
De facto, a natureza é linda, e a sua
grandiosidade é caracterizada com música edificante ao mesmo tempo que
paisagens arrebatadoras incutem em nós um sentimento de admiração e
esplendor. Claro que é neste cenário que o "romance homossexual"
floresce. Mas mais significativo ainda é o facto deste ser o local onde estes homens discutem as grandes questões, a teologia, o sentido da vida, etc.
Contrastem isto com as cenas do
casamento. Todas as vezes que o casamento é caracterizado no filme, a
filmagem ocorre num sombrio, pequeno e esquálido casebre, com crianças
aos berros e tudo num pandemónio absoluto. A casa está uma confusão, e
a esposa nunca comunica de forma minimamente significativa. De facto,
as esposas são caracterizadas como incómodos constantes, e mais
irritantes que compreensivas. Mas as crianças recebem o pior tratamento
neste discurso preconceituoso contra a família. Elas estão
frequentemente a chorar, às vezes duas ao mesmo tempo, ou a partir
coisas; a ideia geral com que ficamos é que estes diabinhos sem alegria
são uma intrusão na nossa vida, uma sobrecarga e um peso terrível.
Como
forma de garantir que a mensagem fique bem clara, o filme varia
constantemente entre estes dois contrastes. Os grandes espaços
naturais, selvagens e livres, perto da ambiente, perto de Deus, perto
do sexo homossexual tórrido sem qualquer tipo de consequências
negativas. De volta para o interior da confusa, pequena e sombria caixa
do casamento, com sogros horríveis, esposas chatas, crianças
demoníacas, pressão sem fim, e até o sexo sem paixão e sem amor têm
sobre si a ameaça de produzir mais descendência parasítica.
Nota
especial para a música e para a luminosidade, e para a forma como ambas
são cuidadosamente manipuladas para acentuar estes contrastes da forma
descrita aqui, causando um impacto ainda maior para a mensagem de
propaganda. Ferramentas maravilhosas, música e luminosidade, causam
respostas emocionais e penetram as pessoas de forma a afectar os seus
valores nucleares.
O uso dos adereços na justaposição das
imagens aumenta o poder do veículo de transmissão da mensagem. Há uma
cena onde a personagem desempenhada por Heath Ledger se encontra
sobrecarregada com a esposa e os filhos, buscando formas de assistir ao
fogo de artifício. A cena inicial mostra o marido e a esposa, cada um
com uma criança debaixo dum braço e com sacos quadrados enormes cheios
de coisas para bebés no outro braço. O enquadramento da cena é idêntico
à uma outra que veio antes desta onde se vê um conjunto de mulas de
carga cheias de mantimentos com sacos de aparência similar. O casamento
transformou esta personagem num burro de carga, uma cena reforçada por
todo o filme.
Outro tema comum dos dias actuais é, obviamente,
também retratado nos filme: a "tolerância religiosa". Lembrem-se: os
homens homossexuais amantes da natureza estão mais perto de Deus,
situados nos espaços mais elevados, enquanto que as pessoas que vão às
igrejas são caracterizadas como pessoas que pregam "o fogo do inferno e
enxofre". O filme mostra também dois assassinatos horríveis, e a
ligação não é deixada de parte: é precisamente este tipo de pensamento
religioso que contribui para este tipo de violência. A implicação - e
isto é a força fulcral da propaganda - é que se de alguma forma tu és
contra dois homens "amarem-se", então tu és a favor do seu assassinato
violento.
Observaram a forma como estas coisas
são subtilmente insinuadas? Isto é como dizer que, se tu não és a favor
do aborto, então és a favor de quem mata os médicos que fazem abortos.
Este é um dos objectivos da propaganda, nomeadamente, reduzir a análise
crítica para o nível de slogans bem comuns, removendo desde logo o
debate e causando posteriormente a polarização total dos proponentes e
dos detractores para extremos radicais. Claro que isto se enquadra de
forma perfeita com o método daqueles que usam da propaganda visto que
eles escolheram a dialética Hegeliana para nos dividir e conquistar.
Mencionei previamente a forma como o
sexo homossexual é caracterizado como não tendo qualquer tipo de
consequência negativa; algumas pessoas podem não concordar com esta
minha posição. Eles podem até dizer: mas e as mortes violentas? Como é
que podes dizer "sem consequências"? Pensem outra vez no filme: a
violência apresentada no filme não é o resultado do sexo, mas sim
resultado de pessoas retrógradas, camponeses ignorantes, cuja
intolerância religiosa e atitude acusadora matou aqueles lindos
mártires. Viram como funciona?
O filme prega bastante sobre o sexo e
ficamos com a ideia de que a "necessidade" do homem por ele
aparentemente só é suplantada pela sua necessidade de respirar
oxigénio. As mentiras ditas sobre o acto de pescar demonstra que o sexo
homossexual era até mais importante que a alimentação.
Claro que quando
a personagem de Jake Gyllenhaal se vê privada desta necessidade vital,
ela não tem outra escolha senão abandonar a sua esposa e os filhos e
procurar prostitutos Mexicanos. Quando até isto o deixa incapaz de
encontrar suficiente "amor masculino", ele vê-se forçado a baixar o seu
padrão e levar a cabo uma relação adúltera com uma mulher por quem ele
não sente nada. Claro que tudo isto é justo porque a sociedade maligna
impediu o acesso total aos dois homossexuais.
E o que dizer do "amor" - será que este
filme é mesmo sobre amor? Havendo falado com muitas mulheres sobre
isto, posso dizer que, sim, elas pensam que sim. "Oh, mas é claro que é uma verdadeira história de amor," dizem elas. Uma mulher casada disse-me o seguinte:
Uma vez que é sobre dois homens, a história é muito mais interessante; um homem e uma mulher seria banal.
(...) Quando uma mulher me diz que a
história é sobre "amor verdadeiro", eu pergunto-lhe como é que ela sabe
disso. Elas não têm muito mais a dizer para além do que o filme
apresenta. Quando elas são confrontadas com as estatísticas que revelam
que a maioria dos homens homossexuais constituem o segmento mais
promíscuo da população mundial, tendo mais parceiros sexuais anónimos por ano que qualquer outro grupo, estas mulheres calam-se. "Ah, mas eu não estou interessada no sexo homossexual; eu apenas tenho interesse na história de amor," disse-me uma. "Ah, então tu és uma Verdadefóbica," disse eu.
O que se passa aqui é que os factos, as
estatísticas e os dados registados em torno do assunto não interessam.
De facto, eles podem até ser lembretes de algo que nós preferimos
ignorar. A verdade é algo que nós queremos alinhar com o nosso
escapismo, e devido a isso a fantasia é mais desejada que a mundana
existência da realidade.
A promoção dos homens homossexuais junto das mulheres tem aumentado de forma significativa nos últimos 10 anos. Todas as sitcom
têm um homossexual engraçado e, claro, ele é o mais engraçado e o mais
capaz de comunicar, sem inibições, com as mulheres. A série Queer Eye For The Straight Guy
diz às mulheres que os homens homossexuais são superiores ao antiquados
neandertais que elas têm em casa. Quando os cinco homossexuais da série
Queer Eye estiveram presentes no programa da Oprah, "as donas de casas tradicionais gritaram e desfaleceram como meninas em idade escolar a saudar estrelas de rock".
Mas a agenda vai mais a fundo que isto;
o plano é fazer com que as mulheres se interessem por pornografia homossexual e usar isso como uma isoladora e viciante arma de divisão. O programa
Sex In The City
mostra as mulheres a rirem-se como meninas enquanto assistem
pornografia homossexual. O maior impulso desta onda chega-nos do Japão,
tem como alvo as meninas pré-adolescentes, e tem o nome de
YAOI.
O Yaoi é uma gigantesca e multi-milionária subcultura que disponibiliza histórias em quadradinhos às jovens raparigas, bem como filmes animados exibindo cenas homoeróticas entre rapazes atraentes, culminado em cenas de pornografia homossexual hardcore.
A onda deste tipo de material representa uma geração de raparigas cuja
sexualidade mal-direccionada está a ser deformada rumo a anormalidade.
Havendo viajado de modo extenso posso
avisá-los de que esta epidemia está galopante através da Europa,
Russia, Ásia e está agora a entrar no continente Americano. Os pais não
sabem o que as filhas têm escondido nos seus colchões, ou guardado nos
seus armários e nos seus computadores. Dezenas de sites dedicam-se à
ficção das jovens raparigas em torno das suas fantasias sobre jovens homens da música popular, da TV, dos filmes, etc, envolvidos em "amor" romântico e sexo homossexual.
As raparigas estão rapidamente a ficar obcecadas com Yaoi e descobrem que isso é uma droga de entrada para programas tais como Queer As Folk, bem como para o homossexualismo hardcore.
Muitas discutem abertamente a sua confusão em torno do sexo, não
querendo um marido ou filhos, ou cheias de angústia devido às suas
experiências com o bissexualismo ou o lesbianismo. Claro que elas
ficaram todas excitadas com o filme Brokeback.
Ninguém está mais excitado que os
críticos que estão literalmente a cair uns sobre os outros tentando
superar os outros críticos na bajulação a este filme. É triste mas
previsível, visto que para os prémios cinematográficos, o homoerotismo é
a sua causa politicamente correcta deste ano, tal como no ano passado
foram os negros e tudo o que era negro venceu tudo.
Não importa que se
diga que a vencedora de um Óscar Halle Berry tenha um parente negro e
outro branco, significando que ela é tão negra como é branca. No
admirável mundo novo da sociedade inundada pela propaganda, a verdade
já não é preta ou branca; hoje em dia, tudo é cinzento, tudo está
turvo. Ou, como se pode ler numa popular música dos Blur:
"Girls who are boys
Who like boys to be girls
Who do boys like they're girls
Who do girls like they're boys
Always should be someone you really love"
Confuso? Ainda bem. É precisamente isso que eles querem.